#Hashtag

Mídias sociais e a vida em rede

#Hashtag - Interação
Interação
Descrição de chapéu Twitter

Nova rede Bluesky é Twitter com 300 caracteres e sem Musk

Criada por Jack Dorsey, fundador do Twitter, rede está disponível em versão beta; saiba como usar

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Anunciada pela primeira vez em 2019, a Bluesky ("céu azul", em inglês) está agora disponível para usuários dos sistemas iOS e Android, ainda em sua versão beta. A rede, criada por Jack Dorsey, fundador do Twitter, surgiu como um projeto interno à plataforma de microblogs, mas ganhou vida própria quando Dorsey deixou a presidência da rede ao final de 2021. O #Hashtag testou o novo aplicativo.

Em um primeiro momento, a comparação entre as duas plataformas é inevitável. A Bluesky parece emular, ao menos em sua interface, o Twitter, com alguns diferenciais como o número de caracteres permitido por postagem: são 300 na Blue, contra 280 de sua concorrente mais velha.

O acesso ainda é permitido somente para quem consegue um código de convite, que está sendo disponibilizado aos poucos para que usuários possam distribuir como quiserem. Desde a última quarta (19), quando o aplicativo ficou disponível para o sistema Android, tuiteiros estão correndo atrás de convites para garantirem seus perfis na nova rede, que parece ter tudo para substituir o Twitter em meio às mudanças implantadas por Elon Musk.

Exatamente como na rede de Musk, à esquerda da tela o usuário da Bluesky pode navegar pela rede, conferindo suas notificações e configurações do perfil. À direita, pode ler seu feed, com as postagens de perfis seguidos ou as mais populares na plataforma. As semelhanças, no entanto, parecem parar por aí.

Diferente do Twitter e outras mídias sociais tradicionais (como Instagram e Facebook), a Bluesky é uma rede social descentralizada, modelo usado, por exemplo, pela Mastodon. Já o Twitter é uma rede social centralizada. Isso significa que todas as mensagens são enviadas e recebidas através dos servidores controlados pela empresa.

Na Bluesky, os usuários não dependem de um único servidor, controlado pela companhia, e a comunicação entre perfis se dá de forma direta, permitindo que diferentes plataformas operam juntas. Ou seja, no lugar de um único servidor controlar a rede, vários podem fazê-lo. Os usuários podem escolher um provedor e empresas, por exemplo, podem usar seus próprios domínios ao se cadastrarem na plataforma.

O grande truque da Bluesky estaria em ser descentralizada e intuitiva, de fácil uso (o que não é o caso da Mastodon), guardando as vantagens da descentralização sem exigir grandes conhecimentos técnicos de seus usuários.

Uma rede descentralizada, por exemplo, não tem como vender para anunciantes dados a respeito de seus usuários.

É a mesma lógica por trás do envio de emails. Alguém que tem um endereço eletrônico no gmail pode se corresponder com quem possui um email no UOL: o conteúdo chegará normalmente. A Bluesky irá permitir que alguém em sua plataforma interaja com postagens de outras redes sociais, como Facebook e o próprio Twitter, clientes em potencial da nova rede.

Assim, a identidade de um usuário na rede deixa de pertencer exclusivamente à corporação que a controla, o que está na base da filosofia apresentada pela Blue.

Logo do aplicativo BlueSky mostra celular com céu azul e nuvens brancas
Nayani Real/Reprodução

Na prática, isso significa que cada usuário terá maior controle sobre quais dados está disponibilizando. A promessa é que redes descentralizadas sejam mais eficientes em proteger a privacidade e garantir a segurança de dados de seus usuários, além de permitirem formas inovadoras de monetização de conteúdo, como tokens e NFTs.

Segundo o anúncio da própria Bluesky, o protocolo engloba "as mais recentes tecnologias descentralizadas em uma rede simples, rápida e aberta".

Ainda em fase de testes, a rede é limitada em relação às mídias que comporta, não permitindo a publicação de vídeos ou gifs. Ela também ainda não possui ferramentas como emojis, possibilidade de abrir enquetes ou agendamento de publicações.

SAIBA COMO ENTRAR NA BLUESKY

Se ainda não possuir um código de convite, acesse https://bsky.app/ e cadastre seu email para entrar na lista de espera.

Se já possuir um convite, siga esse passo a passo:

1. Em seu navegador de preferência, acesse https://staging.bsky.app/. Você também pode baixar o aplicativo na Apple Store, para sistema iOS, ou na Play Store, para Android.

2. Clique em "Create a New Account"

3. Selecione o provedor. O padrão é o provedor da própria Bluesky, mas você pode selecionar o seu provedor próprio, caso o tenha.

4. Insira o código de convite.

5. Uma vez cadastrado, você pode escolher a @ do seu perfil e, depois, poderá customizar o visual, colocar as informações que deseja a seu respeito, bem como buscar outros usuários que você deseje acompanhar na rede.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.