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OpenAI negocia novo financiamento que avaliaria a startup em mais de US$ 100 bi, diz jornal

Reportagem desta quarta-feira (28) indica que Thrive Capital e Microsoft devem investir na empresa

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São Paulo

A OpenAI está negociando levantar bilhões de dólares em uma nova rodada de financiamento que avaliaria a startup responsável pelo ChatGPT em mais de US$ 100 bilhões (cerca de R$ 555 bi), segundo reportagem do The Wall Street Journal publicada nesta quarta-feira (28).

Quem lidera a rodada e deve investir cerca de US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bi), segundo pessoas ouvidas pelo jornal, é a empresa de capital de risco Thrive Capital. Também há expectativa de investimentos da Microsoft.

A imagem mostra duas pessoas em um palco, realizando um aperto de mão. À esquerda, um homem com cabelo castanho claro e vestido com um suéter marrom e jeans. À direita, um homem mais velho, com cabelo calvo e barba, usando uma camisa estampada e calças escuras. Ao fundo, estão os logotipos da OpenAI e da Microsoft, com a palavra 'OpenAI' em letras brancas e o logotipo da Microsoft em cores. A cena parece ser de um evento de tecnologia.
CEO da OpenAI, Sam Altman (esq.), apertando a mão do diretor técnico de inteligência artificial da Microsoft, Kevin Scott (dir.), durante evento em Washington - Jason Redmond - 21.mai.2024/AFP

Essa seria a maior injeção de capital externo na empresa desde janeiro de 2023, quando a Microsoft investiu cerca de US$ 10 bilhões (R$ 55,5 bi) na companhia. A OpenAI foi avaliada pela última vez em US$ 86 bilhões (R$ 477,9 bi) no final do ano passado.

De acordo com o WSJ, a Thrive já investiu centenas de milhões de dólares na startup desde o ano passado e tem um relacionamento próximo com a OpenAI e seu CEO, Sam Altman.

O jornal afirma que não foi possível determinar quais outros investidores estão participando da nova rodada de financiamento.

De acordo com documentos vistos pelo WSJ, investidores da OpenAI têm negociado vender suas participações a um preço que avaliaria a empresa em US$ 103 bilhões (R$ 572,6 bi). Qualquer novo investidor provavelmente avaliaria a OpenAI em torno desse preço, sem incluir o dinheiro adicional arrecadado, diz a reportagem.

Levantar grandes quantias de capital, diz a reportagem, é fundamental para o objetivo de Altman de criar "inteligência artificial geral", que sua empresa define como sistemas autônomos que podem superar os humanos na maioria das tarefas economicamente viáveis. Esses saltos tecnológicos exigem enormes volumes de dados processados em armazéns de supercomputadores equipados com chips caros e que consomem muita energia.

A apuração do WSJ afirma que a OpenAI gastou mais de US$ 100 milhões (cerca de R$ 555,9 mi) para construir o GPT-4, seu modelo de IA mais poderoso até hoje e, agora, está trabalhando em seu próximo modelo, que deve custar ainda mais.

Enquanto as apostas são de que a IA vai transformar o trabalho de pessoas e empresas, o retorno dos investimentos bilionários de empresas na tecnologia ainda não é certo —o que causou alvoroço no mercado recentemente.

No início deste ano, a receita da OpenAI era de US$ 3,4 bilhões (R$ 18,9 bi) em uma base anualizada, segundo uma pessoa familiarizada com o assunto ouvida pelo jornal. O The Information também detalhou anteriormente a receita da empresa.

Relação com a Microsoft

A reportagem do Wall Street Journal também explora a relação crescente da startup com a Microsoft. Segundo o texto, os investidores tecnicamente não possuem ações na OpenAI, que é uma organização sem fins lucrativos, mas colocam dinheiro em uma subsidiária e têm direito a uma parte dos lucros dessa entidade.

A Microsoft tem uma participação de 49% nos lucros da OpenAI, após investir US$ 13 bilhões (R$ 72,3 bi) na startup desde 2019. Parte desse dinheiro retornou para a Microsoft, já que a OpenAI hospedou sua tecnologia na plataforma de nuvem Azure do gigante da tecnologia.

O indicativo de que a Microsoft provavelmente continuará investindo na OpenAI, diz a reportagem, mostra que seu relacionamento continua importante para as duas empresas, mesmo que ambas estejam cada vez mais competindo entre si e formando novas parcerias.

Em julho, a Microsoft renunciou à sua posição como membro sem direito a voto no conselho da OpenAI, em parte como um gesto para reguladores que estão examinando seu relacionamento. Ela também adicionou recentemente a OpenAI à sua lista de concorrentes em IA e busca em um documento regulatório.

No início deste ano, a Microsoft contratou o CEO e grande parte da equipe da Inflection AI, rival da OpenAI, para desenvolver ferramentas de IA para consumidores. O CEO da Microsoft, Satya Nadella, tem espalhado suas apostas na tecnologia para uma ampla coleção de startups. Enquanto isso, a OpenAI está trabalhando com a Apple para impulsionar novos recursos de IA para a próxima geração de iPhones.

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