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Bariloche ainda tem ar cafona, mas é opção mais barata para ver neve

Cidade quer ser reconhecida pela cena gastronômica com cervejarias e chocolaterias

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Bariloche (Argentina)

Destino queridinho da classe média brasileira, San Carlos de Bariloche, na Patagônia Argentina, ainda é uma boa opção para aqueles que querem ver a neve e, de lambuja, tentar esquiar. A cidade, porém, mantém o ar levemente cafona da década de 1990, quando foi descoberta pelos brasileiros como opção mais em conta do que um passeio invernal pelos Estados Unidos ou países europeus.

A cidade tem clima familiar, dada a quantidade de brasileiros que ocupam cada esquina. São tantos que os locais chegaram a apelidaram de "brasiloche'', num tom mais ácido que carinhoso. A alta temporada é no inverno, de meados de junho até setembro —período ideal para quem deseja esquiar.

Cerro Catedral
Cerro Catedral é um local muito procurado por quem deseja esquiar em Bariloche - Chiwi Giambirtone/Emprotur

Nesse período, as atrações principais são o Cerro Catedral e o Cerro Otto. O primeiro, a cerca de 30 minutos do centro, é o mais adequado para o esqui.

O dia com todas as atividades inclusas custa ARS 9.990 para um adulto (cerca de R$ 330), mas pode cair para ARS 7.300 (aproximadamente R$ 240) se o viajante optar pelas atividades de iniciantes. Já o segundo oferece atividades na neve como moto de neve e esqui-bunda –divertido, é preciso admitir. O pagamento por fichas acaba gerando alguma economia.

Ainda não é, porém, um destino de fato acessível. Continua uma opção barata em relação ao norte, mas essa responsabilidade não vem pela parte aérea.

Na alta temporada, em julho, um voo direto custa cerca de R$ 3.500. Por isso, quem vai normalmente aproveita a dobradinha com Buenos Aires, e sai e chega ao Brasil vindo de lá, gastando o mesmo ou menos com as passagens. O custo diário para esquiar, comer e com hospedagem, porém, é consideravelmente menor.

Na hora do câmbio, usar cartão de crédito ou trocar no mercado oficial é uma furada. O negócio é procurar por vendedores paralelos no centro da cidade. A crise econômica no país abriu espaço para o dólar blue, uma espécie de câmbio paralelo que valoriza o real.

No início de outubro, enquanto a cotação oficial batia 25 pesos por real, os vendedores do blue ofereciam até 48 pesos.

Mesmo o mercado alternativo flutua de acordo com a procura. No inverno, por exemplo, é mais caro do que no verão, quando a procura é menor. E, ao contrário do que se pensa, Bariloche não é um destino para se visitar unicamente quando se tem neve.

Na estação mais quente do ano, o turista encontra passeios de rafting, caiaque, trilhas e cavalgadas. No primeiro, escolhe-se o nível de dificuldade, desde o "light" até o que leva "ao limite".

As paisagens que se vê na patagônia durante cada passeio são únicas. Mas os esportes que se pratica lá durante o verão também se encontram em Brotas, no interior de São Paulo. Dependendo do objetivo da viagem, talvez não valha o investimento.

Bariloche segue como uma boa opção de viagem familiar, pois é receptiva às crianças e tem alternativas interessantes para adolescentes —é, inclusive, destino queridinho das agências de formatura argentinas, o que faz o viajante tropeçar em grandes grupos de jovens em qualquer lugar da cidade.

Ainda assim surge como possibilidade para casais e grupos de amigos que buscam atividades ao ar livre em qualquer época do ano, dado que lá se come e se bebe muito bem.

Além dos esportes, a cidade também quer ser vista por sua cena gastronômica, fazendo jus à culinária argentina. Reúne cerca de 30 cervejarias, mais de 20 chocolaterias e restaurantes que servem carnes como cervo, ovelha e até cabra.

Entre os indispensáveis está a visita na cervejaria Patagônia, onde vale investir no tour pela fábrica.

No quesito atividades que associam paisagem e boa comida está o passeio de veleiro às margens do Lago Nahuel Huapi, que banha grande parte da área turística de Bariloche.

Agências de viagem oferecem vinho argentino acompanhado por uma bem servida tábua de frios com presunto cru, queijos e pães, além de outros petiscos. A vista é de tirar o fôlego.

A experiência, que dura cerca de três horas e pode ser divida de quatro a dez pessoas, custa entre ARS 40 mil (cerca de R$ 1.300) a ARS 90 mil (aproximadamente R$ 2,950).


Serviço

CERRO CATEDRAL

Acesso a todas as atividade por um dia

  • Maiores de 12 anos
    ARS 9.990
  • De 6 a 11 anos
    ARS 8.300
  • Até 5 anos
    ARS 5.800

Acesso às atividades iniciantes do setor base por um dia

  • Maiores de 12 anos
    ARS 7.300
  • De 6 a 11 anos
    ARS 6.100
  • Até 5 anos
    ARS 4.200

CERVEJARIA PATAGÔNIA

Tour com harmonização
Inclui entrada, prato principal e sobremesa.
ARS 7.500

Tour com degustação
Inclui degustação de cervejas.
ARS 4.500

A jornalista viajou a convite da Emprotur

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