"O delegado veio até mim e falou: 'Você vai para a delegacia agora'", lembra o psiquiatra e palhaço Flávio Falcone, 42, que atua há anos na região da cracolândia, no centro de São Paulo.
O médico, que trabalha caracterizado de palhaço na recuperação e acolhimento de usuários de crack, foi preso em uma operação policial em setembro e levado ao 77° Distrito Policial (Santa Cecília) sob alegação de perturbação do trabalho ou do sossego alheio.
Depois de passar três horas na delegacia, acabou liberado.
"É uma guerra o que a gente vive no centro de São Paulo", diz ele, que já teve o trabalho diversas vezes interrompido por balas de borracha e bombas de efeito moral.
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