Lula faz populismo ao colocar banqueiros como inimigos do povo, diz Samuel Pessôa

Economista participou de transmissão exclusiva para assinantes nesta segunda (23), com jornalista Fernando Canzian

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São Paulo

Para o economista Samuel Pessôa, colunista da Folha, Lula começou seu governo com o pé trocado.

O petista, que na campanha falava em confiança e previsibilidade, inicia seu governo com um discurso de enfrentamento ao que ele chama de "mercado" —e esse enfrentamento é na verdade contra os bons fundamentos da macroeconomia—, afirma Pessôa.

Fernando Canzian entrevista o colunista Samuel Pessôa
Fernando Canzian entrevista o colunista Samuel Pessôa - Folhapress

A TV Folha recebeu para entrevista ao vivo exclusiva para assinantes, nesta segunda-feira (23), o colunista, que também é pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (FGV) e da Julius Baer Family Office.

Pessôa conversou com o repórter especial da Folha Fernando Canzian sobre os caminhos que a pasta da Fazenda do governo Lula poderá seguir.

"Tem um certo populismo. Ele [Lula] escolhe os banqueiros, juros, mercado e faz uma política de 'nós contra eles', colocando o mercado financeiro, os banqueiros, a política de juros do Banco Central como inimigos do povo. É um discurso claramente populista", diz o economista.

Para Pessôa, Haddad e Lula devem executar menos do que o espaço dado pela PEC da Transição, estabelecer uma regra fiscal que sinalize queda da dívida pública e aprovar algum aumento da carga tributária.

Contudo, ele afirma que não vê clima para que isso aconteça, uma vez que a pressão vinda da sociedade vai para o lado oposto.

"É muito impressionante a pressão que vem da sociedade brasileira para se ter mais gasto público, para que nós resolvamos todos os nossos problemas com mais orçamento Às vezes eu acho que estamos condenados a uma crise fiscal", diz.

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