Apesar de ser politicamente difícil, o governo vai precisar cobrar mais imposto para equilibrar as contas, segundo o colunista Vinicius Torres Freire. Para ele, os principais alvos seriam dividendos e donos de empresa.
"O governo vai ter que comprar essa briga, porque comprimir gasto é muito difícil. Deveríamos ter feito isso em 2015, mas perdemos tempo", diz. Hoje, os principais gastos do governo são com previdência, salário e benefícios sociais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou recentemente as metas de inflação fixadas nos últimos anos —os alvos são 3,25% em 2023 e 3% em 2024 e 2025, com margens de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
O petista também tem reclamado dos juros elevados, que, segundo ele, contribuem para o alto endividamento das famílias e travam o consumo.
"Tem saída, mas é preciso lutar com a força do adversário. Na marra vai sair pela culatra e é o que está acontecendo", diz o colunista.
A conversa, exclusiva para assinantes, foi conduzida pelo repórter especial Fernando Canzian.
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