Ricos cedem, e países chegam a acordo em Lima
Com países ricos fazendo algumas concessões após o tempo regulamentar de negociações da Conferência do Clima da ONU em Lima, no Peru, as nações chegaram a um consenso na madrugada deste domingo.
O texto final, "Chamamento de Lima para a Ação sobre o Clima", aponta os elementos principais do próximo acordo global do clima, a ser assinado no fim do ano que vem em Paris. Além disso, estabelece a maneira com que países vão comunicar suas intenções de contribuições nacionais para redução de emissões de gases de efeito-estufa no período pós-2030.
Após um texto que buscava apagar distinções entre países pobres e ricos que vêm desde a Convenção do Clima da ONU ter sido criada em 1992, países ricos voltaram atrás. A versão final deixa claro que as responsabilidades são diferenciadas.
O novo texto também aponta que as contribuições nacionais de redução de emissões deverão ser anunciadas no primeiro trimestre de 2015, ao lado de metas importantes para adaptação à mudança climática -outra demanda das nações em desenvolvimento. Dessa forma, cada país deverá poder exibir o que pretende fazer para lidar com a extensão da mudança climática que já é inevitável.
Em julho, as contribuições anunciadas por todos os países serão reunidas em um estudo para avaliação, uma etapa essencial para o acordo a ser fechado em Paris, de forma que possam ser avaliadas.
O bloco dos países africanos, representados pelo Sudão, pediu ainda referências a como tratar de "perdas e danos" –a compensação que países ricos devem dar a países que sofrem ou estão na iminência de sofrer impactos do aquecimento global, como tempestades e secas mais frequentes–, o que foi aceito pelos países ricos.
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