Genes podem influenciar amizades
Um estudo publicado na segunda-feira (14) na revista "Pnas" por Nicholas Christakis e James Fowler sugere que tendemos a escolher amigos geneticamente semelhantes a nós.
Em geral, nossos amigos são geneticamente tão similares a nós quanto um primo de quarto grau.
Segundo os autores da pesquisa, essa é a primeira análise da correlação de genótipos entre amigos, e o resultado pode ter grandes implicações para a teoria da evolução.
Os dados utilizados na pesquisa são provenientes de um estudo sobre doenças do coração realizado desde 1948 na cidade de Framingham, nos EUA. Os pesquisadores analisaram 1.367 pares de amigos e quase 477 mil marcadores genéticos e variantes desses marcadores. Eles descobriram que amigos têm mais chances de compartilhar variantes genéticas do que estranhos.
Outra descoberta foi que pessoas tendem a escolher amigos com sistemas imunes diferentes.
Ainda que esse resultado pareça contradizer a hipótese inicial dos cientistas, ela reforça uma tese de que há uma sutil influência biológica nas preferências de amizade.
Essa preferência por pessoas com sistemas imunológicos diferentes poderia trazer vantagens evolutivas. Por exemplo, se uma pessoa é imune ao patógeno "x" e seu amigo é imune ao patógeno "y", nem a pessoa nem o amigo poderiam pegar a doença "x" ou "y" um do outro.
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