Multinacionais dominam mercado de sementes transgênicas
Tão polêmicas, as plantas geneticamente modificadas ganharam o Brasil.
Hoje, mais de 80% do milho plantado no país é transgênico. No caso da soja, o valor ultrapassa 90%.
Nesse novo mundo da biotecnologia no campo –há dez anos, nem sequer existia milho transgênico aprovado no país–, a Embrapa fica bem atrás das grandes multinacionais em número de produtos.
A campeã é a Monsanto. Das 39 plantas geneticamente modificadas aprovadas para o comércio pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, 16 são dela. A Bayer tem nove registros.
A Embrapa tem dois registros. Um de soja tolerante a herbicidas (com a Basf) e um feijão resistente a um vírus que ataca feijoeiros.
Por mais que se afirme que os produtores ficam reféns das multinacionais ao aderir aos transgênicos –passam a ter de pagar royalties pelas sementes–, é difícil negar o salto de produtividade. Na safra 2006/2007, o país produzia 3.600 kg por hectare de milho. Em 2013/2014, mais de 5.000 kg.
Na soja, esse valor foi de 2,300 kg em 1997/98, quando veio a semente Roundup Ready, da Monsanto, para 3.000 kg por hectare.
Embora não se possa atribuir tudo às sementes modificadas, vários especialistas, como o professor da FGV Roberto Rodrigues, apontam que não teria sido possível sem elas.
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