Europa sofre para dizer adeus a robô que pousou em cometa
Não é fácil para a Europa encerrar a bela história de Philae, o pequeno robô que pousou em um cometa em novembro de 2014.
Todas suas peripécias terminaram apaixonando o público, em parte por causa da hábil política de comunicação da Agência Espacial Europeia (ESA).
Graças à agência de comunicação Design & Data, o pequeno robô metálico foi transformado em um personagem com traços humanos engraçados e um capacete de operário.
A agência espacial também apelou às redes sociais: Philae enviava tuítes para a Terra e sua "mãe", a sonda espacial Rosetta.
Mas há meses, apesar dos esforços das agências espaciais alemã e francesa, não é possível estabelecer contato com o robô-laboratório.
Cabe às agências que financiaram o Philae decidirem oficialmente o fim da missão em uma reunião.
A Europa também quer ter tempo para se comunicar com habilidade sobre o fim da vida deste robô, que tem cerca de 456 mil seguidores na rede social Twitter.
"Nós tivemos tanto sucesso na hora de fazer o antropomorfismo do Philae, dando a ele comportamentos humanos, que o dia de sua morte será como matar o Bambi", contou Mark McCaughrean, conselheiro científico da ESA. "Vão nos acusar de abandono de menor", brincou.
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