Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.
Panorama mundo
Na semana passada, o índice de preços ao consumidor americano foi divulgado, e subiu 0,3% em abril, após uma alta de 0,2% no mês anterior. O movimento foi causado principalmente ao aumento dos preços dos alimentos e da energia. O mercado de trabalho também se mostrou aquecido, e o número de americanos em busca de seguro-desemprego ficou no menor nível em sete anos.
O dólar cedeu em relação às moedas emergentes e a bolsa americana recuperou-se após o S&P 500 ter apresentado o pior resultado em um mês na quinta-feira.
Na Europa, as principais Bolsas fecharam em queda pressionadas pela preocupação com a recuperação da economia global. Alemanha, França e o Reino Unido mostraram uma melhora do crescimento, enquanto os países da periferia da zona do euro ainda enfrentam dificuldades para avançar a taxas mais rápidas e ainda enfrentam o risco de. O BCE (Banco Central Europeu) divulgou um relatório no qual a previsão para a inflação da zona do euro reduziu de 1,1% para 0,9 %.
O crescimento econômico da região foi considerado fraco, mesmo após a Zona do Euro ter apresentado superávit comercial de 17,1 bilhões de euros e crescimento do PIB de 0,2%. De acordo com economistas, os indicadores aumentam as chances de o BCE ter de adotar medidas de estímulos já na reunião de junho.
A economia russa desacelerou no primeiro trimestre para o menor ritmo em um ano, refletindo a queda nos investimentos causada pelas sanções dos Estados Unidos e da União Europeia, devido à decisão do presidente Vladimir Putin de absorver a Crimeia.
Em contrapartida, o Japão recuperou dinamismo, apesar do lento crescimento da economia global. A economia japonesa avançou 1,5%, em termos reais, em relação ao trimestre anterior, superando a expectativa de crescimento de 1,1%. Esse crescimento robusto se deve à expansão do consumo privado, o qual aumentou 8,5% em antecipação ao aumento no imposto sobre consumo (tax hike), que passou de 5% para 8%.
Nesta semana, ocorrerão a divulgação dos PIBs trimestrais e anuais do Reino Unido e da Alemanha, o discurso da presidente do Fed (Banco central americano) e o PMI prévio da Manufatura da China.
Panorama Brasil
Na semana que passou, os mercados brasileiros reagiram principalmente ao impacto do setor imobiliário chinês no preço das commodities, que pressionaram a bolsa para baixo. Nesta segunda (19) o índice Bovespa fechou em baixa de 1,15%, porém o rendimento desde o início do mês é de 3,34%.
Economistas afirmaram que tanto a indústria como o consumo foram responsáveis por desacelerar o PIB no primeiro trimestre do ano, já que o aumento não passou de 0,5%. Os juros futuros fecharam em queda no final da semana passada, devido a permanência da política do Fed de manter os juros em níveis baixos. Porém, analistas acreditam que a decisão da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), a qual ocorrerá no final do mês, será manter inalterada a taxa Selic em 11%.
Além disso, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) afirmou que a participação das importações no consumo doméstico voltou a crescer e bateu um novo recorde, 22,5% no primeiro semestre, o que confirma a falta de competitividade da indústria brasileira.
Quanto à inflação, o Índice Geral de Preços -10 (IGP-10) desacelerou o ritmo de alta, passando para 0,13% em maio, após avançar 1,19% em abril. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,22% em maio. A alta do índice de Preços ao Consumidor (IPC) diminuiu para 0,76%, devido à diminuição dos preços da alimentação e educação.
Durante a semana serão divulgados a taxa de desemprego e o Índice de Confiança do Consumidor da FGV.
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