Coluna é publicada aos domingos.
Jardineiros fiéis
Numa região onde se misturam vegetação de cerrado e caatinga, Hugo e Dé tiveram seus primeiros contatos com a diversidade da flora brasileira, mas de forma não tão harmoniosa. Cresceram instruídos a cortar juremas, canafístulas e marmeleiros para usar como lenha ou fazer cerca de pau a pique.
A vida não era fácil em Umari (CE), onde, ainda crianças, trabalhavam na roça. O olhar sobre a natureza começou a ganhar novos contornos há cerca de 30 anos, quando eles fugiram de uma estiagem e vieram trabalhar na implantação da Riviera de São Lourenço, em Bertioga. Missão: colocar de pé um projeto paisagístico de reposição e recomposição de áreas desmatadas, além de enriquecer as áreas verdes mantidas.
Felipe Gabriel/Projetor/Folhapress | ||
Cícero Garcia Teixeira e Hugo Rodrigues Bezerra cuidam de um viveiro em frente ao Riviera Shopping |
Com um embornal a tiracolo, Cícero Garcia Teixeira e Hugo Rodrigues Bezerra cuidam de um viveiro em frente ao Riviera Shopping|
(à direita), o Dé, atravessou a Rio-Santos e se embrenhou na mata atlântica. Caminhava 7 km por dia atrás de sementes de quaresmeira, manacá, pacová. Hugo Rodrigues Bezerra cuidava das mudas no viveiro criado para manter um banco genético de plantas nativas e exóticas. Ele recorda-se de que, no começo dos anos 1990, 24 mil cocos chegaram da Bahia. As mudas, plantadas em avenidas e perto da praia, renderiam o coqueiral que hoje faz 3,5 km de sombra à beira-mar.
Os dois se apaixonaram por uma espécie que conheceram no litoral norte paulista: o jambo, cujas mudas foram colhidas na praia vizinha de Indaiá. "As flores são lindas e voltadas para dentro", observa Hugo, 51. "Por causa do fruto, atraem a passarada", conta Dé, 50. Hoje, eles dão expediente num viveiro em frente ao Riviera Shopping, cercados por 30 mil mudas de 300 variedades.
Nessas três décadas frente ao mar, Hugo só pulou na água duas vezes. Dé, cinco, depois de bater bola na areia. O aprendizado, dizem eles, não se limitou às espécies exóticas ou nativas. Hugo explica: "Eu era bicho bravo, ignorante mesmo. As plantas e os passarinhos me reeducaram, me revelaram o lado bom da vida. Quer saber? Sou feliz assim!".
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NÃO QUERO NEM COMO VIZINHO
O Pedro Bial. Ficaria confinada no meu apartamento para não ter que me deparar no elevador com aqueles discursos repletos de pretensões filosóficas!
Elizeth Fecuri, 60, empresária, Consolação
Paulo Belote/Globo | ||
Pedro Bial grava episódio de Na Moral |
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NUMERALHA
1.119
janelas possui o edifício Altino Arantes, o Banespão
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Fabiano Accorsi - 14.abr.1999/Folhapress |
DIA DE DOMINGO
Roberto Leal, 63, cantor
MANHÃ
Academia! Malhação até no domingo para manter o corpo em dia, afinal, tenho que ser um português 'sarado'. Acordo cedinho e faço uma corrida em meu condomínio, apenas para aquecer.
TARDE
Sempre saboreio delicioso prato lusitano, acompanhado de um bom vinho, no restaurante Kanto Madeira, em Alphaville. Conheço todos os chefes e, na verdade, eles me surpreendem a cada semana com um prato diferente.
NOITE
Ah.... à noite eu bato o pé, para ver se arrebita (risos)!
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Lucas Lima/Folhapress | ||
Gabriela Pereira Lima 22 estudante de Cinema na FAAP |
MEU LOOK É ASSIM...
...vai muito do meu estado de humor, mas o defino como 'vintage-moderno'
Gabriela Pereira Lima, 22, estudante de cinema da Faap, Higienópolis
Livraria da Folha
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