Jornalista esportivo desde 1971, escreve sobre temas olímpicos. Participou da cobertura de seis Olimpíadas e quatro Pan-Americanos. Escreve às terças.
Havelange, o último de quarteto influente no mundo dos esportes
A morte de João Havelange é o ponto final de um quarteto que teve muita influência de meados dos anos 1970 e por cerca de três décadas na política esportiva mundial. O penúltimo a morrer foi o mexicano Mário Vázquez Raña, no ano passado, presidente por 40 anos da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana), com sede na Cidade do México. Ele ainda estava no exercício do cargo.
Ambos, mais o espanhol Juan Antonio Samaranch (dirigiu o COI de 1980 a 2001) e o italiano Primo Nebiolo (comandou a Federação Internacional de Atletismo de 1981 a 1999) completavam o grupo.
Havelange expandiu sua influência internacional no período que comandou o futebol mundial, como presidente da Fifa (1974-98). Foi articulador e cabo eleitoral na campanha vencedora de Samaranch à presidência do Comitê Olímpico Internacional, em 1980.
Atuou com vigor naquela eleição. No aeroporto de Sheremetyevo, em Moscou, nas vésperas da Olimpíada, por exemplo, procurava jornalistas que nem mesmo conhecia para apresentá-los à Samaranch.
Havelange também foi membro do COI, onde ingressou em 1963, mas renunciou em 2011, quando notícias davam conta do envolvimento de seu nome em casos de corrupção no mundo dos esportes. Foi presidente da Confederação Brasileira de Desportos, antecessora da CBF, que, na época, comandava vários outros esportes, além do futebol. Como atleta da natação e do pólo aquático participou das Olimpíadas de 1936 e 1952.
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