É jornalista com mestrado em Administração Esportiva pela London Metropolitan University, da Inglaterra.
Falta de notícia, má notícia
Em Allensbach, na Alemanha, uma clínica de reabilitação neurológica divulga nota informando que Schumacher não está entre seus pacientes.
É resposta a uma reportagem da Radio 7, que cravou que heptacampeão havia sido transferido para lá após cinco meses no Hospital Universitário de Grenoble, na França.
Na blogosfera, um ex-médico da F-1 publica um longo post sobre a condição do alemão.
"Obviamente, não tenho a informação primária, mas acredito que sua família já teria divulgado algo caso a situação tivesse melhorado. Então estou falando com base numa condição estável e no que sabemos sobre traumas graves de cabeça. Recuperações surpreendentes acontecem, mas são raras, muito raras", escreve o americano Gary Hartstein.
E completa: "Depois de 6 meses em estado vegetativo, apenas uma minúscula fração dos pacientes recupera a consciência. Permanência no coma e morte são os dois destinos mais prováveis. E depois de um ano em estado vegetativo, ninguém recupera novamente a consciência. Eu estou com medo, e possivelmente certo, de que esse caso terminará com más notícias sobre Michael".
Ele reforça não ter a informação, mas diz ser possível que Schumacher esteja sendo tratado em casa, outra história que circulou pela internet tempos atrás.
Do lado oficial, nada. A última mensagem no site do ex-piloto é do começo do ano, agradecendo o carinho dos fãs.
Um direito da família, claro.
E sejamos justos: é louvável o respeito com que a imprensa tratou o caso. Noves fora o idiota que se disfarçou de padre para tentar driblar a segurança do hospital, ainda nos primeiros dias de calvário, a esmagadora maioria respeitou o pedido por privacidade.
As especulações que agora surgem são inevitáveis, resultado de uma soma de fatores: a natureza humana, o interesse incessante de fãs do mundo todo e a falta de informações concretas.
(Nos bastidores, a família deve estar agindo. Não deve ser coincidência que, três dias após escrever sobre Schumacher, o médico tenha feito um novo post, prometendo não tratar mais do assunto.)
Aos que perguntam, adoto a linha do doutor Hartstein, na única certeza que podemos ter: a falta de notícias não é boa notícia.
KUBICA
Com a experiência de quem correu com Rosberg e Hamilton desde os tempos do kart, Kubica foi brilhante ao falar sobre a rivalidade que brota na Mercedes: vai ser tenso, mas não tão ruim como a imprensa gostaria que fosse.
Para o polonês, hoje competindo no Mundial de rali, Hamilton é o mais veloz do duo. "Se você perguntar para as pessoas que conhecem ambos, 100% vai dizer a mesma coisa."
Mas velocidade não é tudo, lembra. E o histórico da família Rosberg recomenda cautela: Keke levou o campeonato de 82 vencendo apenas um GP.
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