Ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.
A polícia é parte da monstruosidade
O jovem que arrancou o braço do ciclista na avenida Paulista está sendo apontado, nas redes sociais, como monstro. Se é monstro, não sei. Mas fez uma monstruosidade. Não ajudou a vitima e, ainda por cima, jogou o braço num rio.
Não dá, porém, para não responsabilizar também a polícia – assim a discussão não se centra apenas na irresponsabilidade individual, mas também na omissão coletiva.
Esses jovens se comportam como monstros – bebendo muito e depois dirigindo – pelo simples fato de que têm a sensação de impunidade. Podemos até discutir se jovens de classe média não sofrem da doença da falta de limite em casa e a levam para a rua.
O fato é que se a polícia realizasse mais blitze, com constância, parando mais carros, estivesse mais presente nas ruas, monstruosidades seriam contidas. Comparo com o fumar em lugar fechado: o dono do restaurante sabe que pode ser punido. Você vê alguém fumando dentro de local fechado?
Um bom exemplo é o Rio, onde a polícia é mais atuante e estão conseguindo melhores resultados para evitar motoristas bêbados.
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