Ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.
São Paulo vai colorir o mundo?
Você deve estar achando que o título dessa coluna é uma ficção. Aviso: não é.
Lançada nesta semana, uma plataforma digital desenvolvida em São Paulo, imaginada por publicitários (Cubo) e artistas plásticos, vai ajudar a levar cores para cidades do planeta. E mais: quase sem nenhum custo.
A ideia só conseguiu ganhar uma dimensão planetária porque foi assumida pela Google, responsável pela plataforma batizada de Color+City (mais detalhes aqui).
Por essa plataforma, as pessoas fazem o seguinte encontro: quem cede um muro e quem gostaria de pintá-lo. Simples assim.
Afinal, há muitos artistas que querem expressar sua arte publicamente. E muitos muros em branco.
Cria-se assim uma comunidade mundial, graças às redes sociais.
Natural que esse projeto tivesse inspiração e começasse em São Paulo, uma cidade feia e cinza, considerada a capital mundial do grafite. Aliás, ser feia e cinza foi, pelo mesmo aspecto, uma enorme vantagem.
Numa cidade sem um marco do tipo Cristo Redentor, a arte de rua é o grande marco da cidade, transformada num museu a céu aberto.
Diante da feiura crônica, só nos sobrou inventar uma paisagem e pintar a cidade com nossas próprias mãos.
Inusitado, no caso, é uma cidade feia espalhar fragmentos de beleza pelo mundo.
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Aliás, está correndo pela internet há dois meses uma votação para escolher o grafite mais bonito de São Paulo. Na liderança até agora, o grafiteiro Kobra, com sua homenagem a Oscar Niemeyer (vote aqui)
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