É formada em jornalismo pela PUC-SP e em ciências sociais pela USP. Foi editora-adjunta de Novas Plataformas e repórter da revista sãopaulo.
Couro cabeludo é tendência para indústria de cosméticos
O couro cabeludo é a nova sensação para a indústria de cosmético. Recentemente, P&G e L'Oreal lançaram produtos para tratar o fio antes mesmo de ele nascer. "O couro cabeludo é uma super aposta do mercado", diz Samara Nogueira Carvalho, gerente de produtos da Kerastase, marca do grupo L'Oreal, que lançou recentemente o sérum Initialiste.
"Falar sobre o envelhecimento capilar e tratar a causa do problema, não os sintomas [que aparecem no comprimento] é uma tendência muito forte", diz. Ela ressalta que a venda de produtos para couro cabeludo ainda está no início. "Exige uma mudança de cultura, pois esse sérum pede um tempo maior para fazer efeito", afirma. O preço também é salgado: R$324.
"Já faz um tempo que começou a se discutir sobre o envelhecimento do cabelo. E assim como a pele, produtos podem ajudar a deixá-lo mais maleável e com brilho", diz o dermatologista Francisco Le Voci, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
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Pantene e Kérastase lançaram produtos que devem ser aplicados diretamente no couro cabeludo |
Pantene, da P&G, aposta no medo do cabelo ralo. Em pesquisa com 627 mulheres, a marca descobriu que a maioria delas consideravam mais importante ter cabelos cheios do que não ter celulite.
Em julho, a marca lança o seu anti-aging capilar no mercado brasileiro. O Tratamento Fortificante Avançado AgeDefy (R$ 54) promete agir "diretamente no bulbo capilar, purificando e reconstruindo a fibra do cabelo de dentro para fora", segundo a empresa.
O bulbo capilar também é o foco do sérum da Kerastase.
"O laboratório descobriu dois reservatórios de células-tronco no bulbo capilar", afirma Carvalho. Ela conta que o produto cuida essa área, sem atingir a célula-tronco. "O chá verde, um antioxidante, protege esse ambiente e a malus domestica (extraída de uma espécie suíça de maçã), regenera todo esse folículo", diz Carvalho.
De acordo com a gerente de produto, a célula-tronco fica adormecida até três anos dentro do folículo e o fio demora a crescer. "O sérum ajuda a dar uma acordada nela", afirma.
De acordo com o dermatologista, produtos que consigam penetrar tão profundamente ainda são pouco conhecidos. Um xampu, por exemplo, não consegue chegar até o bulbo, pois suas moléculas são muito grandes", afirma Le Voci.
"É muito importante conhecer a estrutura do fio para saber até que ponto esses produtos podem auxiliar ou não", diz. Em linhas gerais, eles podem ajudar a reestabelecer a elasticidade, a maleabilidade e proteger a haste do fio contra agressões externas. Só não podemos colocar isso como receita de bolo, é preciso individualizar as questões. Nem todo mundo precisa usar um produto novo", afirma.
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