Tem mais de 40 anos de profissão. É formado em ciências sociais pela USP. Escreve às segundas, quintas e domingos.
O clássico dos ingleses foi o melhor jogo do domingo brasileiro
Carl Recine/Reuters | ||
Goleiro brasileiro Ederson, do Manchester City, frustra tentativa de gol do United |
Old Trafford, chamado de Teatro dos Sonhos por Bobby Charlton, lendário craque do futebol britânico e mundial, recebeu o 175º Manchester Derby, entre o United e o City, embate disputado desde 1881, até então com 73 vitórias para os vermelhos do United e 50 para os azuis.
Não apenas porque o Brasileiro terminou, mas porque se trata do único encontro que pode rivalizar com Barcelona x Real Madrid. Nenhum amante do futebol pôde ficar indiferente ao clássico.
A previsão era de neve e nevou. Era também de bola com o City de Pep Guardiola e o United de José Mourinho na defesa. Como aconteceu durante todo o primeiro tempo que terminou num injusto 1 a 1, porque o time do catalão buscou sem parar o gol que fez e o do português nasceu de um erro bizarro da zaga.
Verdade que o segundo gol do City, logo no início dos 45 minutos finais, foi fruto de novo erro dos rivais, porque também o deus dos estádios escreve certo por linhas tortas.
A 51ª vitória do City veio naturalmente. Porque quando o United teve coragem de atacar, não só o goleiro brasileiro Ederson apareceu para fazer dois milagres consecutivos à queima-roupa, como os espaços abertos permitiram ao time azul duas chances desperdiçadas para ampliar.
Onze pontos de vantagem em 16 rodadas já indicam o campeão.
Nem o Corinthians foi capaz de fazer um primeiro turno assim no Brasileiro deste ano. E Guardiola ganhou de Mourinho pela nova vez em 20 duelos, com apenas quatro derrotas.
É AMANHÃ
Nesta terça (12) tem Grêmio contra o mexicano Pachuca pelas semifinais do Mundial. Melhor que seja contra um adversário de respeito, porque sem aquela história de obrigação de vencer, vexame se perder. O Grêmio é melhor. Terá de provar.
PEGA NA MENTIRA
Entre as tantas inverdades ditas por Ricardo Teixeira a Sérgio Rangel, porque a lógica da máfia não é a mesma das pessoas de bem, a mais divertida é quando nega ter medo de ser preso.
Por mais que acredite em sua impunidade, e por mais que as autoridades brasileiras permaneçam estáticas em relação a ele, a Wagner Abrahão e ao Marco Polo que não viaja, tenha certeza a rara leitora e o raro leitor de que, diariamente, ao acordar e verificar no relógio que são mais de seis horas da matina, o ex-cartola encalacrado respira aliviado.
Porque normalmente a Polícia Federal visita seus futuros hóspedes ao raiar da manhã. Tic-tac, tic-tac
GOL CONTRA
Se, de fato, como revelou Maurício Stycer, a TV Globo passar a permitir que seus jornalistas da área esportiva façam publicidade, será marcado mais um tento contra a credibilidade do jornalismo.
Pense num jornalista fazendo propaganda de um patrocinador da CBF. Esperta foi a marca que rompeu com a entidade e contratou Tite. Paga menos e tem retorno muito maior.
DISSE O MESTRE
Janio de Freitas, domingo (10), nesta Folha: "É difícil desenvolver a compreensão desse Brasil, tão inculto, tão controvertido, tão amalucado. Esse Brasil exultante com as ações contra a corrupção e indiferente à ocupação de sua Presidência por uma declarada quadrilha de corruptos. O Brasil é você. O Brasil somos nós".
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