Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
Escreve aos sábados.
Nova droga para infertilidade da quimioterapia
A infertilidade é um dos efeitos colaterais em mulheres jovens submetidas à quimioterapia por câncer.
Na quarta-feira, dia 15, a "Science Translacional Medicine", periódico oficial da AAAS (Associação Americana para o Avanço da Ciência), publicou uma pesquisa de cientistas de Israel elucidando como a ciclofosfamida, usada na quimioterapia, atua no ovário durante o tratamento de câncer e provoca a infertilidade.
Lital Kalich-Philosoph, do Hospital Tel Hashomer, e colaboradores das universidades Bar-Ilan e de Tel Aviv, usaram animais de laboratório (ratos) no estudo.
O artigo igualmente mostra que o uso de uma nova droga, chamada AS101, pode prevenir a infertilidade das pacientes com o efeito paralelo de tornar o tumor mais sensível ao tratamento quimioterápico.
Segundo os autores, a ciclofosfamida estimula a ativação dos folículos ovarianos produtores dos ovos, provocando uma onda de superativação e de crescimento irreversível.
Em consequência, o reservatório de ovos acaba se esgotando (o que é conhecido como"burn out"), tornando infértil a paciente.
O emprego do medicamento AS101 em ratas com tumor, tratadas com a quimioterapia, evitou a ativação folicular de seus ovários.
Isso mostra que a nova droga é um potencial agente protetor ovariano capaz de preservar a fertilidade em mulheres com câncer.
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