Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
Escreve aos sábados.
Uma bactéria difícil
Lavar as mãos é sempre importante –antes da refeição, após usar o banheiro e, principalmente, depois de contato com um doente. E também nos prédios e navios de turismo, após apoiar as mãos no corrimão das escadarias.
Apesar desses cuidados, uma bactéria costuma frustrar as melhores medidas preventivas. Essa bactéria tem apropriadamente o nome de "Clostridium difficile".
Na revista "Infection Control and Hospital Epidemiology" deste mês, um estudo mostra que uma em quatro mãos de médicos ou enfermeiros estava contaminada por esporos de "C. difficile" após atenção a pacientes com diarreia.
Os médicos e enfermeiros usavam roupas e luvas descartáveis ao entrar no quarto dos pacientes e aplicavam álcool nas mãos antes e depois de colocar as luvas. Retiradas as luvas, lavavam as mãos com sabonete especial.
A pesquisa, coordenada pela professora Carolina Landelle, estuda a presença de esporos do "C. difficile" nas mãos dos atendentes a esses doentes. Eles são muito resistentes às medidas de desinfecção e provocam diarreias de demorada resolução.
O número de pacientes hospitalizados em dez anos nos EUA por esse problema, período 2000-2009, triplicou, segundo Landelle.
A contaminação detectada nas mãos do pessoal hospitalar foi de 42%, sendo 23% entre médicos e 19% na enfermagem. Ela ocorreu por meio de contato de alto risco, desde ajudar no banho do paciente ao exame retal e de colonoscopia.
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