Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
Escreve aos sábados.
A perigosa chicotada da arraia
Neste verão que está levando muita gente para refrescantes banhos de mar e mergulhos nas praias de lagos e rios, é importante a informação sobre a presença ou não de animais peçonhentos nesses locais –principalmente das arraias de água doce e arraias marinhas, com suas longas caudas de espinhos venenosos.
Esses peixes não são agressivos, asseguram o médico Vidal Haddad Júnior e colaboradores (João Luiz C. Cardoso e Domingos Garrone Neto) da Unesp em trabalho publicado na revista "Journal of Venomous Animals and Toxins including Tropical Diseases".
As arraias reagem apenas quando são pisadas. Os autores do estudo recomendam a quem entrar em águas com arraias arrastar os pés ou usar uma vara que toque no fundo, para afugentá-las.
Nos últimos 20 anos têm sido assinalados acidentes com arraias no trecho brasileiro do rio Paraná, onde se pratica pesca amadora.
Pode surgir necrose cutânea no local da chicotada, que pode ser complicada por retenção de fragmentos dos ferrões na ferida.
Nas primeiras 24 horas, segundo os autores, surgem febre, suor frio, vômitos, náuseas e agitação, associados a intensa dor.
O tratamento é sintomático, com água quente a 60º para controle da dor e para vasodilatação das artérias e veias. O veneno da arraia provoca vasoconstrição. Para as infecções secundárias, são empregados antibióticos.
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