Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
Escreve aos sábados.
O transplante conjunto de fígado e rim
A Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza, acaba de mudar o conceito de que só no centro-sul brasileiro há medicina avançada.
A revista "ABCD - Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva" publica em sua última edição o relato de uma série de cirurgias de transplante de fígado realizadas simultaneamente com o transplante de rim no mesmo paciente.
Segundo Francisca Jovita de Oliveira Veras e seus colaboradores do Hospital Universitário Walter Cantídio (Gustavo Coelho, Bartolomeu Feitosa Neto, João Batista Cerqueira, Regina Célia Garcia e José Garcia), o transplante combinado fígado-rim, é hoje um procedimento de rotina em muitos centros de transplante. O primeiro aconteceu na Áustria, em 1982.
Esse transplante combinado, explicam os autores do trabalho, parece exercer um efeito protetor imunológico no rim enxertado. Os órgãos transplantados são obtidos do mesmo doador falecido.
No período de 2002 a 2012 foram realizados 616 transplantes renais e 674 transplantes de fígado no hospital em Fortaleza. Desse total, 16 foram os transplantes combinados de fígado e rim.
A taxa de sobrevida no primeiro ano foi de 68,8%. Para o segundo e quinto anos de pós-operatório, a taxa foi igualmente de 57,3%. São taxas comparáveis às de centros americanos e europeus especializados.
A terapia imunossupressora consistiu de tacrolimus e prednisona administrado em todos os pacientes.
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