Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
Escreve aos sábados.
As águas de novembro
Os bons ventos prenunciam chuva intensa neste mês de novembro, para alegria de todos e principalmente da população que vive nas regiões de seca do Estado de São Paulo.
Se por um lado o excesso de água neste momento é bem-vindo, deve-se cuidar preventivamente das áreas tradicionalmente alagadas nos vários bairros da capital.
Como sempre, há o perigo da leptospirose, provocada por uma bactéria que inicialmente causa apenas febre, mas que pode evoluir desde uma forma benigna até a manifestação grave e ictérica.
A doença está disseminada por todo o mundo, mas em São Paulo é referida como altamente endêmica por Anne Spichler e colaboradores no "American Journal of Tropical Medicine and Hygiene".
Ela está presente em quase todas as áreas da capital e sua incidência aumenta no período das chuvas. O agente da doença, a bactéria do gênero leptospira, é transmitido pelo contato das pessoas com água contaminada pela urina de animais infectados, principalmente ratos.
Os cuidados para evitar o contato com a bactéria não devem ficar restritos às áreas alagadas.
As pessoas também devem se proteger usando botas no lugar de chinelos e luvas de borracha para a retirada da lama que restou em suas casas após a inundação. O cuidado não deve valer apenas para os profissionais que atuam na limpeza da lama e de entulho ou no desentupimento do esgoto.
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