Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
Escreve aos sábados.
Uma antiga e complexa doença
Há 2.000 anos, na Turquia, o médico Areteu da Capadócia costumava anotar os sintomas dos pacientes ao tratá-los. Escreveu oito tratados descrevendo várias doenças, entre elas o transtorno bipolar e a doença celíaca.
A desordem bipolar é um transtorno no qual fases de depressão com euforia se alternam. Difícil de tratar, ela continua sendo estudada.
Em homenagem a Areteu, Capadócia foi recentemente sede de um encontro com pesquisadores da área que relataram os novos avanços no conhecimento da fisiopatologia, da neurobiologia e do tratamento da doença.
As conferências foram publicadas em um número especial da revista "Harvard Review of Psychiatry".
Entre os vários trabalhos, a disfunção do eixo hipotalâmico-pituitária-adrenal foi relacionada ao problema.
Uma pesquisa sobre a efetividade do lítio concluiu que cerca de um terço dos pacientes apresenta excelente resposta com a substância, e características genéticas estão associadas a essa reação.
Já o grupo do Instituto de Neurociências da Universidade de Barcelona, Espanha, relatou vários tipos de intervenção psicológica para tratar a desordem bipolar. Os grupos de psicoeducação associados ao tratamento clínico mostraram-se eficazes.
Em relação ao uso de estimulantes na fase depressiva do paciente, pesquisas sugerem que eles também podem contribuir para uma possível redução do comportamento maníaco, quando presente.
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