É senadora e ex-prefeita de São Paulo. Foi ministra dos governos Luiz Inácio Lula da Silva (Turismo) e Dilma Rousseff (Cultura).
A ponte
"Uma ponte para o futuro" é um programa que se destina "a preservar a economia brasileira", estancar seu processo de deterioração e "tornar viável o desenvolvimento". O documento aponta um caminho que rompe com o impasse do nada propositivo. Tem a preocupação de incentivar a livre iniciativa e de devolver ao Estado a capacidade de executar políticas sociais com sustentabilidade.
A proposta inicia diagnosticando a situação de recessão, a seriedade da crise brasileira e a possibilidade de esta continuar em 2016.
Para evitar que a crise se agrave ainda mais, numa espécie de colapso anunciado, o PMDB, corajosamente, propõe mudanças e afirma que "só mudando a forma de administrar o país, leis e até mesmo normas constitucionais" sairemos da difícil situação na qual estamos.
Como registrou o "Jornal Nacional" de 29/10, o documento "traz uma mensagem clara: o PMDB tem um caminho próprio e daqui pra frente vai segui-lo".
"A ponte", que consultou inúmeros especialistas e políticos, abre agora um debate na sociedade, e dia 17, em Brasília, no Congresso da Fundação Ulysses Guimarães, com filiados e simpatizantes. Serão debatidas alternativas econômicas e apontadas soluções para a situação que tanto angustia e está levando milhões de pessoas a despencar dos novos patamares que se encontravam, isso quando não ao desemprego.
O Brasil parou. E o destravamento implica uma ação política de diálogo em cima da pauta econômica, documento apresentado. Sem os dois ingredientes não avançaremos.
"Nesta hora da verdade, em que o que está em jogo é nada menos que o futuro da nação, impõe-se a formação de uma maioria política, mesmo que transitória ou circunstancial, capaz de num prazo curto produzir todas essas decisões na sociedade e no Congresso Nacional", diz o documento, traduzindo o sentimento de um país em busca de soluções.
Por mais difícil que pareça, por toda discussão acirrada e oposição que possa desencadear, não chegaremos a uma ação que produza mudanças estruturais sem um documento forte, que discuta pontos "imexíveis" e que seja apresentado por um partido. Sendo ele o maior partido do país e com líderes que se propõem a discutir a fundo novos rumos, o momento de travar essa discussão chegou.
A Fundação Ulysses Guimarães convida seus filiados e simpatizantes (inscrição no site) para discutir o documento.
Queremos caminhar para uma proposta clara sobre as mudanças necessárias que gerarão uma repactuação política, ampla e consistente, que reconstrua a credibilidade perdida. Só assim poderemos ter de volta a esperança em dias melhores.
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