Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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Renovação de contrato pode dar à Chesf R$ 600 mi ao ano para investir em eólica
A renovação dos contratos de fornecimento de energia da Chesf com um grupo de indústrias no Nordeste, que está prevista na Medida Provisória 656, permitirá a geração de investimentos em energia renovável na região.
Os recursos poderão chegar a R$ 600 milhões por ano, segundo consultoria contratada pelas empresas.
"Podem ser R$ 7 bilhões em dez anos, o que possibilitaria fazer uma parceria e obter crédito para investir em energia como a eólica", diz Paulo Pedrosa, presidente da Abrace (associação que reúne grandes consumidores de energia do país).
Somados, os recursos dobrariam para R$ 14 bilhões nos próximos anos, segundo estimativa da entidade.
Esse valor viria da diferença de cerca de R$ 80 por megawatt hora (MWh) entre os preços praticados com as indústrias e o valor que seria vendido no mercado cativo (pequenos e médios consumidores), conforme a Abrace.
Daniel Marenco - 15.dez.2010/Folhapress | ||
Paulo Pedrosa, presidente da entidade que reúne grandes consumidores de energia |
Hoje, indústrias intensivas de energia na região, entre as quais Gerdau, Vale, Braskem, Dow, Ferbasa, Mineração Caraíba e Paranapanema, têm um contrato que vence em junho deste ano com a Chesf de compra de energia por R$ 110 por MWh.
Com o fim do contrato, essa energia seria direcionada para o mercado cativo a preços mais baratos, de cerca de R$ 30 por MWh.
Os investimentos poderiam ser feitos para a ampliação do parque eólico do Nordeste (projetos em geração, distribuição e transmissão de energia eólica).
A Medida Provisória 656 foi aprovada no Congresso em dezembro passado e aguarda a sanção presidencial.
Se os contratos não forem renovados, as empresas terão de comprar energia no mercado livre a cerca de R$ 300 por MWh.
"Isso encareceria demais a produção naqueles Estados e o Nordeste passaria a subsidiar a energia de outras regiões, prejudicando a sua indústria", afirma.
Se, por outro lado, a energia não for vendida por contrato especial às indústrias, ela poderá ir para o mercado cativo e ajudar a suavizar o custo da energia, inclusive em residências.
"O país já favoreceu os pequenos consumidores em prejuízo dos industriais e precisa dar competitividade ao setor no Nordeste", completa Pedrosa.
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Cresce número de contratados temporários para a Páscoa
O número de trabalhadores temporários contratados pela indústria de chocolates para a Páscoa de 2015 atingiu 26,5 mil –elevação de 10,4% na comparação com a data no ano passado.
Os funcionários são admitidos para trabalhar entre outubro e março. A alta, porém, não significa necessariamente um avanço na produção e na venda de mercadorias.
Editoria de Arte/ Folhatress |
"Ainda não temos os dados fechados do que será fabricado para a Páscoa, mas o crescimento das contratações ocorre também por causa do aumento do número de lojas", diz Ubiracy Fonseca, vice-presidente da Abicab (associação do setor).
"A expansão das redes de supermercados exige mais promotores nas lojas."
Em 2014, foram produzidas 17 mil toneladas de ovos no período. O volume corresponde a 3,2% da média de chocolates fabricados anualmente.
"A produção total para a data representa um pouco mais porque inclui também barras e bombons. Mas é o valor agregado do ovo que importa, pois é mais alto que o dos outros itens."
Entre janeiro e setembro de 2014, a produção de chocolates no país caiu 2%.
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Negócio de luxo
Após uma queda de 17% em 2012, a venda de diamantes brutos no mundo cresceu 2% em 2013, segundo relatório anual da consultoria Bain & Company.
O comércio de diamantes polidos e cortados subiu 4% no mesmo período. Entre 2011 e 2012, o segmento teve uma retração de 8%.
Editoria de Arte/Folhapress |
O desempenho é reflexo de uma estabilização do mercado desde a retomada após a crise de 2008.
No ano, foram extraídos 130 milhões de quilates do mineral bruto no mundo –2% a mais que em 2012, enquanto o volume lapidado foi de 25 milhões de quilates (19% da matéria-prima total).
Cinco grandes produtores detiveram 70% de todo o montante vendido e 85% da receita global, diz a entidade. O conglomerado De Beers lidera o grupo.
A maior parte da demanda (95%) vem de joalherias e somente 5% de pessoas interessadas em investir na pedra.
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Grandes e familiares
As companhias familiares de grande porte são as mais confiáveis na análise dos consumidores brasileiros.
Dos entrevistados no país pela empresa de relações públicas Edelman para uma pesquisa sobre o assunto, 80% afirmaram acreditar nesses grupos. A média global é de 73%.
Editoria de Arte/Folhapress |
Entre os 12 países analisados, apenas na China há uma maior confiança nas companhias de capital aberto do que nas familiares de grande porte: 83% contra 80%.
Enquanto a média global das empresas abertas foi de 64%, no Brasil, elas marcaram 75%.
Performances superiores e maior preocupação com as comunidades costumam tornar as familiares mais confiáveis, de acordo com o relatório da Edelman.
Os entrevistados também apontaram que creem mais nos fundadores das empresas do que em seus sucessores. Dos ouvidos, 69% afirmaram acreditar nos donos das grandes companhias e 54%, na geração seguinte. Foram entrevistadas 12 mil pessoas.
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Teto no Reino Unido
Quase sete em cada dez (67%) britânicos ouvidos para uma pesquisa disseram esperar um aumento no preço dos imóveis residenciais neste ano, de acordo com a consultoria Ipsos Mori.
Editoria de Arte/Folhapress |
Para um terço dos entrevistados (34%) pela empresa, a alta será de até 5%.
Entre as maiores barreiras atuais para a compra de uma propriedade, os britânicos citaram o valor de entrada (61%), a insegurança com o emprego (50%) e a elevação nos preços (29%).
Foram consultadas para o levantamento 1.970 pessoas com mais de 16 anos.
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Troca... O grupo Sanofi, do setor de saúde, tem novo diretor-geral no Brasil. Pius Hornstein está desde 1º de janeiro à frente das duas maiores operações farmacêuticas da empresa no país, a Sanofi Farma e a Medley.
...de comando Até o fim de 2014, o executivo, de origem suíça, atuava como vice-presidente da companhia na Turquia e no Oriente Médio. O grupo Sanofi emprega 5.200 funcionários no Brasil.
Balanço anual As vendas do setor de cama, mesa e banho do Estado de São Paulo avançaram 1,2% em 2014, segundo o Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos. Em dezembro, a alta foi de 2,5% ante o mês anterior.
Novo no time O escritório de advocacia BM&A - Barbosa, Müssnich & Aragão tem um novo sócio. O advogado Hermano Barbosa passa a integrar a equipe, com atuação na área de direito tributário da banca.
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com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI
Livraria da Folha
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