Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.
Distribuidora planeja mais 300 postos de combustíveis
Mesmo com uma redução de quase 25% no volume de investimentos previstos para este ano, na comparação com 2014, a distribuidora de combustíveis Ale pretende agregar à sua rede 300 novos postos em 2015.
A empresa planeja investir cerca de R$ 125 milhões na ampliação -no ano passado foram R$ 165 milhões.
O aporte será destinado principalmente à infraestrutura dos revendedores, como a compra de equipamentos e reformas de lojas. O valor não inclui possíveis desembolsos que terão de ser feitos pelos donos de postos.
A expansão deverá priorizar as regiões Sudeste e Nordeste. São regiões onde a companhia, cuja sede fica em Belo Horizonte, já possui uma penetração maior.
O projeto de investimentos foi mantido mesmo com o quadro atual da economia porque nos dois primeiros meses deste ano houve indícios de que o segmento deverá crescer em 2015, segundo a companhia.
No ano passado, a Ale ampliou o volume de combustíveis vendidos em 6%, um pouco acima do percentual registrado pelo mercado, o que resultou em um ganho de "market share" (participação de mercado) de 4,08% em 2013 para 4,14%, em 2014.
A empresa ocupa a quarta posição na área de distribuição, atrás de BR, Ipiranga e Raízen, de acordo com dados do Sindicom (sindicato das distribuidoras de combustíveis e de lubrificantes).
R$ 12 bilhões
foi o faturamento da empresa no ano passado
R$ 13,5 bilhões
é o faturamento projetado para 2015
12,5%
é a evolução estimada para o faturamento
2.044
era o número de postos com a bandeira da empresa no final de 2014
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Mão na roda
A AGCO, fabricante de equipamentos agrícolas e detentora das marcas Massey Ferguson e Valtra, investirá R$ 35 milhões em sua planta em Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo.
O aporte será aplicado na construção de um laboratório de controle de emissão de gases poluentes, que vai desenvolver e homologar motores em conformidade com a nova legislação ambiental do país.
Karime Xavier/Folhapress | ||
Bernhard Kiep, vice-presidente da fabricante de equipamentos agrícolas na América Latina |
"Teríamos outra alternativa mais rentável em um curto espaço de tempo, que seria usar laboratórios de terceiros, mas não queremos ser dependentes", diz Bernhard Kiep, vice-presidente do grupo na América Latina.
"Não descartamos prestar serviços para outras empresas nem para os nossos concorrentes, para reaver o investimento. Todos terão que se adequar à lei e não existem muitas unidades aptas a fazer o serviço no Brasil."
Os motores de alta potência (acima de 75 kw) terão que atender aos novos níveis de emissões a partir de 1º de janeiro de 2017.
A fábrica foi escolhida por concentrar a produção de alguns modelos de tratores do grupo. A ampliação teve apoio da Investe SP.
US$ 9,7 bilhões
foi o faturamento global do grupo em 2014, o equivalente a cerca de R$ 31,4 bilhões
3975
são os funcionários no país
6
são as fábricas no Brasil
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Na ponta da língua
A Superbom, empresa que produz sucos, méis e proteínas vegetais, vai iniciar um modelo de franquias de cantinas de escolas neste ano.
Até o final de 2015, serão 13 lanchonetes em Estados como São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Maranhão e Pará, segundo a empresa.
Leonardo Soares/Folhapress | ||
Adamir Alberto, presidente da Superbom |
A primeira unidade será aberta no mês que vem, no Colégio Adventista Milton Afonso, em Brasília.
"A princípio, o plano era atender as 450 escolas adventistas no país em três anos, mas já temos interessados em levar o modelo para outras instituições", diz Adamir Alberto, presidente da empresa.
As cantinas servirão lanches produzidos com os produtos da marca, como queijo vegano e carne vegetal, além de petiscos e sucos.
"Os pais poderão controlar, por meio de um cartão de débito, o valor gasto e os alimentos permitidos para um filho com intolerância ao glúten, por exemplo."
NÚMEROS
1925
é o ano da fundação da empresa, em um colégio em São Paulo
25 milhões
é a soma de pontos de venda dos produtos da companhia
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Confiança germânica
A expectativa dos alemães com a economia do país voltou a crescer em março, de acordo com pesquisa da GfK.
O índice evoluiu quase 10 pontos e atingiu 36,8, em uma escala de -100 a 100 (números mais altos representam um maior otimismo). Em fevereiro, o nível já havia avançado quase cinco pontos.
Editoria de Arte/Folhapress |
A baixa taxa de juros e a redução do custo de energia para o setor produtivo explicam a tendência do bom humor alemão em relação à política econômica nacional.
Outros dois indicadores também cresceram no mês. A expectativa dos consumidores quanto a renda melhorou 2,5 pontos e a propensão ao consumo cresceu 3,9 pontos.
O estudo ouviu 2.000 consumidores alemães a pedido da Comissão Europeia.
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Mais... A CPFL Energia divulga hoje o seu Relatório Anual 2014. Pela primeira vez, o documento foi elaborado como relato integrado, com a inclusão de informações sobre sustentabilidade e governança corporativa da companhia.
...luz Na sexta-feira passada, a empresa havia divulgado o resultado do quarto trimestre de 2014. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos e depreciação) foi de R$1.342 bilhão (alta de 47,2% em relação ao mesmo período de 2013).
com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA
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