Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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Construtoras buscam alternativas ao Minha Casa
O atraso nos pagamentos do Minha Casa Minha Vida e o teto dos preços de comercialização dos imóveis do programa estão fazendo com que construtoras procurem alternativas.
A gaúcha Sul Empreendimentos Imobiliários, por exemplo, passou a investir no setor hoteleiro.
"Construímos 350 unidades sozinhos e outras 800 em parceria com outra empresa, mas agora estamos largando o programa. Os valores pagos são muito baixos. Por isso, passamos a trabalhar com hotéis", diz Paulo Piazzon, sócio da companhia.
Na paranaense CasaAlta, que já construiu 43 mil casas para o Minha Casa e tem outras 42 mil contratadas, os atrasos nos pagamentos começaram em novembro.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Hoje, a empresa tem para receber R$ 39 milhões, que deveriam ter sido pagos há cerca de 30 dias. "Estrategicamente, começamos a pensar em outras alternativas. Se não estão podendo pagar o que já está contratado, como vão contratar mais?", indaga o presidente, Juarez Wieck.
O empresário afirma que gostaria de deixar a faixa 1 do programa, na qual estão concentradas 50% de suas obras.
Apenas na faixa 1 são registrados atrasos de pagamento. Enquanto ela é bancada pelo Fundo de Arrendamento Residencial, a 2 e a 3 são pelo FGTS.
Na Bigolin, companhia de Mato Grosso, a perda de receita com o Minha Casa é compensada pelas vendas das lojas de material de construção do grupo.
Karime Xavier/Folhapress | ||
Lucimar Bigolin, da construtora de Mato Grosso |
No auge do programa, em 2012, 50% do faturamento era gerado pela construtora e 50% pelo varejo. Hoje, o comércio avançou para 65%.
"Se pudéssemos, largaríamos [do Minha Casa Minha Vida] agora mesmo, pelo menos da faixa 1, mas temos um compromisso", diz a empresária Lucimar Bigolin.
O Ministério das Cidades, responsável pelo programa, afirma que o cronograma de pagamentos está com o fluxo normal.
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Transparência de salário ainda é obstáculo para mulheres, diz EY
A transparência de salários e a adoção de treinamentos para a diversidade ainda são as ações menos aplicadas em empresas no mundo para promover a equidade de gênero, segundo estudo da EY (antiga Ernst & Young).
As duas iniciativas são citadas por cerca de 10% dos 400 gerentes e diretores entrevistados em companhias de 140 países.
A implantação de regimes de trabalho flexíveis e de cotas para mulheres em cargos de nível sênior são mais comuns, para três em cada dez executivos consultados.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
"Os benefícios econômicos associados à presença de mulheres em cargos de liderança vêm levando as empresas a acelerarem o processo de igualdade de gêneros", afirma Tatiana da Ponte, sócia da consultoria no Brasil.
Cerca de 70% dos entrevistados concordam que cadeiras de conselhos e altos cargos ocupados por mulheres melhoram as performances financeiras e de governança e responsabilidade social na companhia, por exemplo.
A fase intermediária da carreira é a que apresenta maiores obstáculos, segundo a EY, pois é quando elas se dedicam mais à família.
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Troféu pessimista
Os empresários brasileiros estão entre os mais pessimistas em uma pesquisa realizada com 36 países, segundo a consultoria Grant Thornton.
O Brasil ficou em 33º lugar, à frente apenas de Armênia, Malásia e Argentina. A Irlanda lidera o ranking.
O nível de otimismo no país ficou em -18% (diferença entre empresas que relataram estar confiantes com a economia, menos as que apontaram um cenário desfavorável para os negócios).
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Esse é o pior início de ano do Brasil na história da pesquisa, realizada há 22 anos.
O estudo identifica como os empresários esperam que as finanças de seu país se comportarão durante o ano.
Entre os meses de outubro e dezembro de 2014, a confiança estava em 13%.
"O desempenho do primeiro trimestre não é pontual, mas, sim, reflexo das eleições, dos escândalos de corrupção e da crise energética que afeta o país", afirma Daniel Maranhão, sócio da Grant Thornton Brasil.
O estudo ouviu 10 mil empresas, sendo 300 no Brasil.
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Teto britânico
Quase dois terços dos britânicos (64%) afirmaram em fevereiro acreditar que o preço médio dos imóveis no Reino Unido subirá nos próximos 12 meses, segundo a consultoria Ipsos Mori.
A parcela dos que preveem alta ficou quatro pontos percentuais acima da que foi registrada no mês anterior. Apenas 4% avaliaram que há possibilidade de queda.
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Apesar da expectativa de preços mais elevados, também subiu o percentual de britânicos que avaliam o momento como bom para a compra de imóveis.
Do total de consultados para o levantamento, 61% disseram que o cenário é positivo para o negócio (eram 56% em janeiro).
Foram entrevistadas para a pesquisa 967 pessoas.
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Vida... A Prudential do Brasil terá três novas agências em São Paulo. Com a expansão, a seguradora terá 28 agências e dois escritórios em São Paulo, Rio, Minas, Rio Grande do Sul, Paraná e Distrito Federal.
... e previdência A empresa tem em carteira 231 mil apólices de seguro de vida.
Sobra... A siderúrgica ArcelorMittal Brasil terá neste ano 17 novas linhas de pesquisa de aplicações para o aproveitamento de resíduos.
...industrial Os estudos serão feitos em parceria com universidades federais e com o núcleo de pesquisas da companhia na Europa.
Controle para... O Sebrae vai firmar uma parceria com o Buscapé (site de comparação de preços) para a criação de uma ferramenta de gestão financeira para pequenos empresários individuais.
...microempreendedor O objetivo é oferecer aos empresários iniciantes controle de vendas e despesas em novas tecnologias, como smartphones e tablets.
Agribusiness nos EUA A Amcham (Câmara Americana de Comércio) organizará em maio uma missão aos Estados Unidos, voltada para o agronegócio. Empresários conhecerão casos de sucesso nos Estados de Texas, Iowa e Illinois.
Voo A Globalis, empresa nacional especializada em viagens corporativas, finalizou a fusão com a agência americana Chanteclair.
com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI
Livraria da Folha
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