Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.
Rede de resorts do Paraná investirá R$ 240 milhões
Com foco no turismo de lazer, a rede paranaense Mabu investirá R$ 240 milhões em um parque aquático e em uma nova unidade hoteleira. Os dois empreendimentos serão instalados no resort da empresa em Foz do Iguaçu.
Do valor aportado, R$ 150 milhões serão destinados a uma torre com 420 quartos. Todos eles vão ser vendidos no sistema de fração, no qual cada comprador tem direito de se hospedar no local durante quatro semanas por ano.
"O modelo é bastante apropriado para o mercado brasileiro, já que o custo [de uma fração] é 30% inferior ao de uma segunda residência", afirma o CEO do grupo, Wellington Estruquel.
Rede de hotéis e resorts Mabu terá unidade e parque aquático novos - Taxa de ocupação, em %
Cada quarto terá 12 frações, comercializadas por R$ 64,9 mil cada uma.
"Vemos uma grande lacuna no Brasil nesse segmento, que é muito popular em outros países, como nos Estados Unidos", acrescenta.
O parque aquático, que deverá ser inaugurado em dezembro de 2017, demandará R$ 50 milhões em investimentos nessa primeira fase. Na segunda, prevista para daqui a cinco anos, serão injetados mais R$ 40 milhões.
A rede deverá ter uma alta em sua taxa de ocupação de 13 pontos percentuais. "A alta do dólar faz o brasileiro não ir para o exterior. Este ano, deveremos ter uma expansão de 12% a 13% no faturamento."
Em 2016, a rede inaugurará um hotel de Guarapuava (PR).
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Região Sudeste tem 16 estradas com tráfego saturado, diz CNI
A região Sudeste tem 16 rodovias com trechos em que o transporte de cargas supera a capacidade das vias no horário de pico, segundo a CNI.
Foram detectados níveis de saturação de até 284%, como no trecho entre o Rodoanel e a capital paulista, na SP-270.
O Estado de São Paulo detém o maior número de estradas com pontos críticos: são oito, com destaque para a BR-116, com cinco locais. O Rio de Janeiro tem seis e Minas Gerais, dois trechos.
"São rodovias que levam a produção nacional para fora. Esse problema estrutural ocasionado pela má conservação das vias é que torna os nossos produtos mais caros e menos competitivos", diz Wagner Cardoso,
gerente de infraestrutura da confederação.
A CNI sugere que o país deve investir 5% do PIB por ano –cerca de US$ 110 bilhões– para minimizar os gargalos. Hoje, o país desembolsa 2%. O estudo será apresentado no Ministério dos Transportes.
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Pressão positiva
A importação de máquinas de monodose de café (cápsula, expresso e sachê) cresceu 184% no Brasil nos últimos cinco anos, segundo a consultoria Product Audit. O produto ocupa 31% do mercado.
A tendência de consumo começou em 2007. A 3 Corações, que entrou no segmento no final de 2013, já vendeu 400 mil máquinas e 100 milhões de cápsulas.
"O faturamento em 2015 foi de R$ 70 milhões", diz Jefferson Daeyws, responsável pelo setor da companhia.
A portuguesa Delta iniciou as vendas no Brasil em 2014 em São Paulo e Espírito Santo. Desde então, comercializou 70 mil equipamentos. Em 2016, pretende investir R$ 12 milhões em marketing, divulgação e serviços de atendimento ao consumidor.
"Estamos indo para o Rio de Janeiro. Depois, a Minas. Temos consciência de que é um segmento concorrido", diz o diretor da empresa no Brasil, João Morais e Castro.
Embora o mercado seja recente, ele já passa por modificações. A Nespresso, por exemplo, permite que outras marcas, como a Pilão Express e a L'or, da JDE, produzam para seu sistema.
"A competição é positiva, ajuda na penetração de mercado e a difundir a experiência de consumo", diz Isabel Masagão, da Nespresso.
3,5 milhões
é o número de máquinas monodose de café importadas desde setembro de 2011
32%
foi a queda na importação das cafeteiras comuns no mesmo período
30,9%
é a fatia que o produto já ocupa no país
28
é o número de marcas de café com presença no mercado nacional
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com LUCIANA DYNIEWICZ, FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS, CLÁUDIO GOLDBERG RABIN e DHIEGO MAIA
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