Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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Garfinkel assume CNseg e prevê alta do setor em 2016
Danilo Verpa - 26.nov.2015/Folhapress | ||
Retrato de Jayme Garfinkel, novo presidente da CnSeg |
Jayme Brasil Garfinkel, presidente do conselho de administração da Porto Seguro, assumiu a presidência da CNseg (associação de empresas do setor).
O empresário substitui na presidência da entidade, Marco Antonio Rossi, executivo da Bradesco Seguros que morreu em um acidente de avião no dia 10 de novembro.
Garfinkel ficará até 9 de fevereiro de 2016, quando entrará a nova diretoria, liderada por Márcio Coriolano, presidente da Bradesco Saúde.
"Rossi construiu uma liderança muito boa nesses três anos de CNseg. Foi muito atuante, conseguiu que o setor fosse mais ouvido pelo governo", diz Garfinkel.
Entre os avanços obtidos, o presidente cita o alongamento dos papeis de previdência privada.
Outras demandas antigas, como, por exemplo, o seguro popular de automóvel, porém, ainda permanecem à mesa da entidade.
"Por que não dar possibilidade de se ter seguros por preços mais baixos, com peças controladas, mas mais baratas?", pergunta. Regras do seguro saúde também precisam ser rediscutidas, avalia.
"As companhias foram reduzindo o produto individual, que é uma necessidade das pessoas. Não dá para matar o fornecedor. Pode-se dar todos os direitos ao consumidor, só que não vai ter quem ofereça o serviço."
Neste ano, o setor já sentiu a crise. O mercado como um todo ainda cresceu mais de 12%. O seguro de automóvel, entretanto, avançou menos que 5% por causa do declínio do setor automobilístico -em 2014, havia subido 9%. O seguro de vida se expandiu 24%, no produto individual.
Em 2016, como a base ficou menor no auto seguro, a expectativa é crescer 8%. Em outros ramos, ainda há impulso para alta de 10%, diz. "Imagino que será um ano mais difícil que 2015, mas a última coisa que a pessoa corta, acredito eu, é o seguro."
RAIO-X - Arrecadação do mercado segurador até setembro, em R$ bilhões
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Cai o número de empresas que importam insumos, diz CNI
O número de companhias brasileiras que usam matéria-prima ou componentes importados caiu, segundo pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
A sondagem aponta que 39% das empresas estão comprando os produtos no exterior. Em 2009, eram 50%.
"O resultado é uma resposta aos efeitos da desvalorização do real. As companhias só estão respirando onde há maior capacidade de exportação e de competição com os importados", diz José Augusto Fernandes, diretor da CNI.
Mais de 20% dos entrevistados disseram que vão reduzir o uso desses componentes nos próximos 12 meses, conforme o levantamento.
"Há setores, como o de informática, que não têm como diminuir os uso dos insumos de fora. Já o segmento de máquinas e autopeças pode reduzi-los com mais facilidade no curto prazo."
A pesquisa foi feita com 2.344 empresas em julho.
Cor local - Participação dos insumos importados na indústria brasileira, em %
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Sabor amargo
A produção brasileira de chocolates recuou 10% nos nove primeiros meses deste ano na comparação com o mesmo período de 2014.
No total, foram fabricadas 347,4 mil toneladas, segundo levantamento da Abicab (associação do setor).
"É uma retração muito significativa, que reflete bem a situação econômica e política do país", afirma o vice-presidente da entidade Ubiracy Fonseca.
"Trabalho nessa indústria há 25 anos e nunca vi uma queda dessa ordem."
O consumo de chocolate per capta brasileiro está em 2,5 kg por ano. Em 2011, quando o setor bateu recorde com a produção de 570 mil toneladas, ficava em 2,8 kg.
Além da baixa demanda, a desvalorização do real também prejudicará os fabricantes neste ano, pois o cacau é cotado em dólar na Bolsa de Nova York.
As exportações, que poderiam ser alavancadas pela cotação da moeda, deverão crescer, mas ainda são pouco representativas para o setor (cerca de 4% do total).
QUEDA - Produção de chocolates no Brasil nos nove primeiros meses do ano, em milhares de toneladas
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Aluguel... A Whirlpool pretende expandir com franquias seus negócios de assinatura de filtros de água. A intenção é abrir pelo menos 23 unidades em 2016. Entre capital próprio e de terceiros, devem ser investidos cerca de R$ 13 milhões.
...de água O negócio consiste em alugar filtros e oferecer manutenção técnica por uma mensalidade. O faturamento anual desse setor da empresa está na casa dos R$ 150 milhões por ano. Em 2015, cresceu cerca de 11%.
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Hora do café
Mandrade | ||
com LUCIANA DYNIEWICZ, FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e CLÁUDIO GOLDBERG RABIN
Livraria da Folha
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