![mercado aberto](http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15073337.jpeg)
Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.
Para se expandir, marca converte concorrente menor em franqueado
Em busca de presença no mercado, empresas de diferentes segmentos têm investido na conversão de bandeiras, quando convencem um concorrente menor a se tornar um de seus franqueados.
Entre as linhas de negócios que mais apostam na prática, estão petshops, farmácias e cursos de idiomas, segundo a ABF, associação do setor.
"A unidade demora, ao menos, três meses para assumir a nova identidade", estima Claudio Tieghi, da entidade.
"O mercado de petshops ainda é muito pulverizado no Brasil. O desafio é preparar um comerciante pequeno para uma estrutura de rede", analisa Rodrigo Albuquerque, executivo da marca.
Karime Xavier/Folhapress | ||
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Rodrigo Albuquerque, sócio-executivo da Petland |
A prática é mais conhecida pelas academias e não é raro ver o centro de ginástica da esquina mudar toda a estrutura e assumir um nome mais familiar ao consumidor.
Oito unidades que a rede de academias Runner pretende abrir neste ano serão no sistema de troca de marca.
"Mostramos para a empresa de bairro que em experiências anteriores dobramos o número de alunos e subiu o tíquete médio pago por eles."
"A troca de bandeira é boa para quem está no começo, pois estende a marca rapidamente", diz Ronaldo Pereira Jr., das Óticas Carol, que conseguiu vários franqueados dessa forma.
"Mas é trabalhoso construir uma cultura única, de rede, em uma ex-marca."
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Até novembro, construção civil teve 365,5 mil cortes em 2015
A construção civil teve em novembro o pior índice de demissões de 2015, com 61,3 mil cortes –uma queda 2,03% em relação ao mês anterior.
O resultado de dezembro ainda não foi divulgado pelo Sinduscon-SP (sindicado do setor), responsável pela pesquisa, em parceria com a FGV.
O número de empregos formais na indústria tem caído desde outubro de 2014. A falta de investimentos no setor é o principal fator apontado pelo vice-presidente do sindicato, Eduardo Zaidan.
Ele também destaca que, no final do ano, o ritmo de obras é tradicionalmente mais lento, o que agrava o cenário –de fato, o segmento que mais sofreu queda em novembro foi o de preparação de terrenos (3,63%).
A projeção para 2016 segue pessimista, para Zaidan. "Mesmo que o país saia da recessão, vai demorar pelo menos um ano até que isso se converta em novas obras."
Até o fim de novembro, havia 2,95 milhões de trabalhadores empregados no setor –o índice foi registrado pela última vez em agosto de 2010.
No Estado de São Paulo, o número de demissões também foi o pior do ano: 12,8 mil cortes, uma queda de 1,62%.
QUEDA LIVRE - Redução nos índices de emprego na construção civil em 2015
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EMPREGO NA UTI
O número de postos de trabalho em hospitais particulares neste ano pode cair, após um crescimento estimado de 4,1% em 2015, mais tímido que em anos anteriores.
"O setor contratava em um ritmo adequado. Com a baixa de movimento dos hospitais, acaba-se empregando menos do que a expectativa", diz Francisco Balestrin, presidente da Anahp, associação de empresas do setor.
Em 2014, as contratações tiveram alta de quase 12% -três vezes mais que em 2015. A expectativa da Anahp é de uma queda neste ano ou ao menos que não sejam abertas novas vagas.
"A área de saúde é a última a ser afetada por crises, afinal, as pessoas continuam a ficar doentes. Mas nada indica que irá melhorar. Vamos demitir ou só conseguir manter as vagas do ano passado."
A entidade também projeta uma redução de 1,8% na receita líquida nominal dos hospitais em 2015 e, para este ano, um aumento considerável das despesas, com a alta nos preços de insumos importados, calculados em dólar.
HOSPITAIS - Número de empregos gerados, em mil
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PEQUENOS DIMINUEM
O faturamento das micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo em novembro do ano passado foi de R$ 47,6 bilhões, semelhante ao de setembro de 2009, depois de feitos os ajustes relativos à inflação do período.
Os dados são do Sebrae-SP. É a 11ª queda consecutiva da receita de negócios desses portes. Em porcentagem, foi um resultado negativo em 15,9% na comparação com novembro de 2014.
No acumulado entre janeiro e novembro de 2015, as empresas perderam 13,3% de faturamento em relação ao mesmo período de 2014.
Faturamento de PMEs cai - Comparação novembro 2015 - 2014, em %
RETROCESSO ENTRE PEQUENAS - Por região do Estado de SP
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Com demanda
Kenneth Antunes Ferreira é o novo sócio na área de mercado de capitais no escritório TozziniFreire Advogados.
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HORA DO CAFÉ
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hora do cafe charge |
com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
Livraria da Folha
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