Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.
Exportação de produtos feitos com normas muçulmanas deve crescer 15%
Exportações brasileiras de produtos que têm certificação halal, que foram feitos de acordo com normas muçulmanas, devem crescer 15% em 2016, segundo a federação das associações muçulmanas do Brasil, que dá atestado de procedência.
Hoje, 134 negócios são autorizados a vender para esse mercado. "O setor de carnes é mais tradicional, mas outros aderiram", diz Mohamed El Zoghbi, presidente da federação. Entre esses estão cosméticos e açúcar.
Os produtores precisam mostrar que não usam componentes de álcool ou de gordura de porco.
"O processo custa mais, mas produtos de nichos têm remuneração melhor", afirma Jacyr Costa Filho, diretor-executivo no Brasil da Tereos, que controla a empresa de açúcar Guarani.
"Os muçulmanos crescem no mundo inteiro, e outras populações, diminuem", diz Cláudio Oderich, das Conservas Oderich, que exportam carne halal.
U$S 113,9 bilhões
foi o valor das importações de alimentos pelos países árabes no ano passado
Arábia Saudita
é o país de maioria muçulmana que mais compra alimentos e bebidas do Brasil
US$ 9,4 bilhões
foi o valor em carnes (bovina e frango) destinados à região
33
novas empresas devem receber certificação em 2016
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Porto do Maranhão recebe aporte bilionário e planeja ampliar terminais
O porto do Itaqui, em São Luís (MA), prevê receber R$ 1,35 bilhão de investimentos públicos e privados até 2017.
Entre as obras previstas, está a construção de um novo terminal de fertilizantes, que ampliará a capacidade de movimentação de 1,5 milhão para 4,5 milhões de toneladas por ano.
"Será um investimento importante pela proximidade com a nova fronteira agrícola no país, no Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, que precisa do fertilizante para o plantio da soja", afirma Ted Lago, presidente da Emap (Empresa Maranhense de Administração Portuária), responsável pelo porto.
O financiamento, via Programa de Investimentos em Logística, também vai custear a ampliação do terminal de cargas geral, o que deve aumentar a capacidade de escoamento de celulose, além de facilitar a exportação do farelo de soja.
Os investimentos também preveem a construção da segunda fase do terminal de grãos, cuja capacidade deve subir de 8 milhões para 14 milhões de toneladas por ano.
Além disso, novos berços serão destinados à movimentação de combustíveis, que deve crescer 40% e atingir 13 milhões de toneladas por ano.
Nos próximos dias também devem ser divulgados novos acordos com investidores da China e de países do Oriente Médio, em projetos ligados ao setor de energia e siderurgia, afirma Lago.
Os detalhes da negociação ainda são confidenciais.
21,8 MILHÕES
de toneladas foram movimentadas no porto em 2015, um crescimento de 8% em relação ao ano anterior
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Indústria de plásticos deve ter nova queda de produção
A produção nacional de transformados plásticos deve cair 2,7% neste ano, após um 2015 com retração de 8,5%, segundo projeções da Abiplast (que representa o setor).
"Apesar do câmbio favorável para exportações, nossa matéria-prima tem preço atrelado ao dólar e ficou cara", diz José Ricardo Coelho Roriz, presidente da entidade.
O faturamento das empresas também diminuiu em 2015 (12,4%) e deve fechar este ano com retração de 2,7%.
Além dos insumos, dois outros custos de produção devem impactar o setor negativamente nos próximos meses, segundo Roriz. "A energia ficou mais cara e a mão de obra também, com o fim da desoneração da folha."
Os resultados se refletiriam na expectativa de emprego: queda de 1,2% neste ano, depois de redução de 6,8%.
"As empresas esperam um ano difícil. Contamos com uma reação da construção civil, do setor automobilístico, mas não vemos perspectivas de uma rápida melhora."
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Lixo cuidado
Em 2015, aumentou em 7% o volume de embalagens de defensivos agrícolas que foram descartadas de acordo com a lei federal.
Foram 45 mil toneladas de vasilhames que tiveram destinação correto, segundo o inpEV, instituto que monitora o processamento.
O crescimento não pode ser explicado por um uso maior de defensivos. Os agroquímicos tiveram queda de 23%, aponta o sindicato das empresas do setor.
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Hora do Café
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com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA**
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