Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.
Novo software traduz emoticons para deficientes visuais
A TIM e a agência Artplan desenvolveram sons que traduzem 68 emoticons em onomatopeias para que pessoas com deficiência visual consigam entendê-los de maneira rápida e divertida.
Os barulhos podem ser incorporados a um software que lê em voz alta a tela do computador chamado NVDA (sigla em inglês para acesso não-visual ao desktop).
Quando, no texto, aparecer um emoticon de um beijo, por exemplo, o software irá reproduzir o som.
O sistema foi desenvolvido para ser gratuito para clientes de todas as operadoras, diz Rodolfo Medina, presidente da Artplan. "A ideia é incluir quem estava fora da conversa", diz ele.
Clique aqui para ouvir os sons.
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Rede investe em autoatendimento e modelo de lanche mais personalizado
Todas as cem unidades que o Bob's pretende abrir neste ano terão o modelo de autoatendimento. O sistema permite que o cliente escolha um lanche e pague com seu cartão sem precisar ir ao caixa.
Além disso, o consumidor pode montar pratos personalizados, com opções de tamanhos, molhos e complementos, em vez de escolher apenas entre as receitas tradicionais de sanduíches.
"Aquele modelo do fast-food padronizado, com combos já definidos, tem perdido relevância. O freguês quer ter influência em tudo o que compra, quer poder escolher o detalhe", conta Marcello Farrel, diretor-geral da rede.
A configuração de atendimento já foi implantada em mais de 200 unidades da marca de comidas rápidas.
A previsão é que o grupo invista R$ 150 milhões neste ano, com a abertura e a readequação de unidades.
Com o sistema, o franqueado desembolsa um valor maior para equipar a loja, mas pode ter dois funcionários a menos por turno que um empreendimento equivalente sem o modelo.
Apesar da abertura de 102 postos de venda no ano passado, a marca disse que o perfil do consumidor mudou com o agravamento da crise.
"Quando a economia estava favorável, a gente via o aumento de clientes das classes C e D. Agora, o consumidor de renda mais alta passou a frequentar a rede com frequência maior. Isso ajudou a repensar a configuração do serviço."
NÃO PEÇA PELO NÚMERO
1.156
é o total de unidades do Bob's abertas até o fim de 2015
R$ 280 MIL
é o investimento mínimo para abrir um quiosque da marca
R$ 750 MIL
é o custo inicial de uma loja
Marcos Michael/Folhapress | ||
Marcello Farrel, executivo da rede de restaurantes |
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SOB NOVA DIREÇÃO
Fabio Teixeira/Folhapresss | ||
Marcio Coriolano, novo presidente da Confederação Nacional das Seguradoras e da Bradesco Saúde |
Novo presidente da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), Marcio Coriolano pretende ver implementadas três antigas demandas do setor em sua gestão.
A primeira é o seguro popular de automóvel, com preços mais baixos e uso de peças recondicionadas, mais baratas.
"Está em estudo na Susep e esperamos que saia neste ano. O segmento de seguro automotivo deverá chegar a crescer entre 3,5% e 5%", afirma Coriolano.
Outro produto aguardado, que está em consulta pública, é uma modalidade de seguro de vida, que permitirá resgatar uma parte do valor acumulado, segundo o executivo.
E a terceira solicitação, também em estudo na Susep, é um produto de previdência com incentivo fiscal, que há nos Estados Unidos, e que tem o saque ligado ao pagamento de mensalidade de plano de saúde.
Também presidente da Bradesco Saúde, o executivo assume a CNseg oficialmente na próxima quinta-feira (25). "Em 2016, o setor estima um crescimento não superior a 10%", diz.
No ano passado, a alta foi de 11,4%, com uma arrecadação de R$ 364,2 bilhões -os dados finais da Susep ainda não saíram.
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FREIO NA SOFISTICAÇÃO
O mercado de luxo está em baixa e parte desse recuo pode ser culpa dos países emergentes, sobretudo dos consumidores chineses.
Prova disso é que houve uma queda de 10,95% em 2015 no índice Dow Jones Luxo, que reúne empresas desse segmento –da francesa Louis Vuitton à alemã BMW.
"As marcas do setor tiveram os países emergentes como impulsionadores de negócios e buscaram neles um Exército de novos consumidores", lembra Gabriele Zuccarelli, da Bain.
As compras de luxo no país asiático tiveram declínio de 2% entre 2014 e 2015, segundo pesquisa da consultoria.
No momento em que esse motor perde energia, lembra ele, a dependência ficou maior e as marcas sentiram mais em um contexto em que vender para mercados mais maduros, como a Europa, também não era uma opção.
"Uma lei anticorrupção na China também limita o número de presentes caros que podem ser dados. O consumidor também tem comprado mais fora do país do que dentro."
LUXO EM BAIXA - Índice de luxo da Dow Jones, em US$ milhões
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HORA DO CAFÉ
Editoria de Arte/Folhapress | ||
com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS, TAÍS HIRATA
Livraria da Folha
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