Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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exceto aos sábados.
Seleção de start-ups cresce 136% com capacitação, segundo Mdic
O número de start-ups brasileiras escolhidas para aceleração saltou 136% neste ano na comparação com 2015, segundo dados do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
"Em nossos três últimos editais, o volume não era tão expressivo, pois várias candidatas não alcançavam o padrão mínimo", diz Marcos Vinícius de Souza, secretário do Mdic.
BEAT ACELERADO - Número de empresas participantes
"As ideias eram muito boas, mas por várias vezes faltava expertise de negócios para estruturar os projetos."
Os projetos têm origem nas start-ups participantes do InovAtiva Brasil, programa federal de aceleração de companhias de tecnologia.
A qualidade das candidaturas aumentou com a maior procura por treinamentos em negócios ofertados pelo programa, e grande parte dos aprovados neste ano havia sido preterida em edições anteriores, segundo Souza.
Empresas iniciantes de setores como aeronáutica, papel e celulose, mineração, metalurgia e óleo e gás ajudaram a aumentar neste ano a busca por capacitação.
Apesar das novas áreas, os principais segmentos com propostas a serem desenvolvidas a partir de 2016 ainda são os de tecnologia da informação (35%), da saúde (14%) e de serviços (11%).
A quantidade de inscrições também foi maior. Foram recebidas 1.372 submissões, quase o dobro do registrado nas edições anteriores.
Ao contrário dos edições anteriores, os editais para novos projetos passam agora a ser realizados por semestre.
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Setor de serviços em SP fecha 138 mil vagas em doze meses
O setor de serviços eliminou 138 mil empregos no Estado de São Paulo entre fevereiro deste ano e o mesmo mês de 2015, uma redução de 1,8%, segundo pesquisa inédita da FecomercioSP.
Essa é a pior queda anual no número de vagas do setor desde o início da série histórica, em 2008. O resultado tem sido negativo desde julho do ano passado.
FORA DE SERVIÇO - Número de vagas do setor de serviços em SP (em %)*
Em fevereiro, o desempenho se manteve estável em relação a janeiro, graças às contratações no setor de educação, que subiram 3%, diz Jaime Vasconcellos, assessor econômico da entidade.
"É uma questão de sazonalidade. Em março, o saldo deverá voltar a ser negativo."
No caso do atacado paulista, a retração anual nos postos de trabalho foi de 4% no período. Em fevereiro, o número de empregados do setor foi o pior registrado desde março de 2010 –cerca de 496 milhões de funcionários.
"O atacado, que abastece o varejo e pequenas indústrias, sofre ainda mais que o setor de serviços, que é mais pulverizado", diz Vasconcellos.
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Voo...
O total de milhas resgatadas em passagens aéreas internacionais da Smiles subiu para 2,5 bilhões (28%) no primeiro trimestre de 2016 ante igual período de 2015.
...maior
O resgate para viagens nacionais também cresceu (12%). Os destinos mais procurados são São Paulo, Rio e Brasília, e no exterior, EUA, Europa e América Latina.
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DOCE EXPANSÃO
A Katz, marca carioca de chocolates gourmet, vai investir R$ 55 milhões pelos próximos três anos para expandir sua rede a outras capitais do país e aos Estados Unidos.
Cerca de 60% do valor virá de recursos próprios, e 40%, de investidores.
Ricardo Borges - 29.abr.2016/Folhapress | ||
Elisabeth Birman, presidente da marca de chocolates |
Até o final do ano, a empresa deverá ter lojas próprias em São Paulo, Brasília e Belo Horizonte. A região Sul é outro destino provável da rede.
O projeto começou há três anos, com a ampliação da fábrica da empresa em Petrópolis, diz a presidente, Elisabeth Birman.
"Na época, a situação econômica era outra, mas, em 2015, crescemos acima da inflação. O brasileiro desenvolveu seu paladar para chocolate, ele não abre mão de qualidade."
Nos Estados Unidos, a primeira sede será na Flórida. A abertura é prevista para o primeiro semestre do ano que vem.
Com mais filiais da empresa, Birman projeta dobrar seu faturamento, que não foi revelado.
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ESPAÇO CONTADO
Com US$ 1 milhão (R$ 3,5 milhões) é possível comprar de uma kitnet a um imóvel de mais de 250 m² -só depende da vizinhança. É o que mostra um levantamento da consultoria Knight.
No principado de Mônaco, que tem cerca de 2 km² de extensão, daria para adquirir somente um imóvel de 17 m² (o pior negócio, entre os 20 endereços internacionais avaliados no estudo).
Em seguida, na lista dos mais caros, estão metrópoles conhecidas pelos altos preços de imóveis, como Hong Kong (20 m²), Londres (22 m²) e Nova York (27 m²).
São Paulo é a segunda da lista com melhor custo-benefício: uma unidade de 203 m² sairia pelo mesmo valor.
É bem mais que na indiana Mumbai (99 m²) ou em Berlim (96 m²), a mais barata entre as europeias que fazem parte do ranking.
A capital paulista fica atrás apenas da Cidade do Cabo, na África do Sul. Lá, daria para comprar um imóvel de 255 m² pela mesma quantia.
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HORA DO CAFÉ
Editoria de Arte/Folhapress | ||
com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
Livraria da Folha
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