Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.
Start-ups de tecnologia entre empresas dominam campus do Google em SP
O setor de tecnologia B2B (entre empresas) é o que tem mais representantes entre as primeiras 15 start-ups selecionadas pelo Google para usar o espaço de empreendedorismo aberto em São Paulo.
As escolhidas foram selecionadas entre 857 novos negócios que se candidataram a uma vaga no campus.
No processo seletivo, não houve busca por start-ups de serviços para empresas, diz o diretor André Barrence, mas das 15, 7 atuam nesse nicho.
"Essa é uma característica natural do ecossistema [de novos negócios] brasileiro. As empresas B2B estão em crescimento agora justamente porque ajudam neste momento da economia."
NEGÓCIOS PARA QUALQUER NEGÓCIO - Empresas de B2B escolhidas pelo Google
A intenção dessas empresas é encontrar ganhos de eficiência e de escala, afirma.
Outros dois setores também apareceram mais: o de varejo e o de "fintech" (tecnologias financeiras).
"Em varejo, a crise mudou a maneira pela qual as pessoas compram, e as empresas buscam soluções. Em 'fintech', vive-se uma expansão há três anos e chegou ao seu auge", diz o executivo.
Outras pessoas podem usar o espaço, mas as 15 escolhidas participam de um programa parecido com uma residência, com mais acesso e proximidade com o Google.
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Houve uma vez dois verões
A Rio Quente Resorts, grupo de hotelaria do Centro-Oeste, irá investir R$ 40 milhões até o fim deste ano.
Além de reformas, um dos oito empreendimentos da rede na região turística de Goiás vai ser ampliado e ganhará 88 quartos.
"Todo tipo de oportunidade surgiu neste ano, com a crise, da compra de terrenos à aquisição de concorrentes em dificuldades –o que ainda está em estudo", diz o diretor-executivo, Francisco Costa Neto.
A Rio Quente também avalia se expandir para o Nordeste no próximo ano e aumentar o turismo corporativo na rede. Hoje, a ocupação para viagens de negócios chega a 10% do total.
"A expectativa é atrair viagens corporativas a partir do ano que vem, quando as empresas devem começar a retomar eventos."
No último mês de julho, período de maior procura pela região, houve um aumento de 10% na ocupação da rede em relação a 2015, avalia o executivo.
"O ano tem sido melhor para nós. A mudança ocorreu em janeiro, quando o turista brasileiro passou a olhar para dentro, por causa do dólar. As pessoas agora decidem na última hora e escolhem o Brasil."
2.200
é o número de funcionários
1.212
é o total de apartamentos que terá o grupo até o fim de 2016
1,2 MILHÃO
é a expectativa de turistas a serem hospedados neste ano
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Saúde tem preço
A inflação médica do Brasil deve fechar este ano em 17,5%, 6,8 pontos percentuais acima do índice geral previsto, segundo a consultoria Aon.
Os preços médicos subirem acima do indicador é um fenômeno global, diz Humberto Torloni Filho, da Aon.
Caso se concretize, será o terceiro maior aumento entre os países da América Latina avaliados no levantamento, atrás da Venezuela, onde a alta desses custos é estimada em 120%, e Argentina (30%).
O estudo aponta, ainda, que apenas 17% das empresas brasileiras têm algum programa de gestão de saúde.
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Cada um com seu carbono
O mercado brasileiro de créditos de carbono vinculado à ONU está praticamente parado: até o primeiro semestre, um único projeto foi aprovado sem ressalvas pelo governo –e ainda segue para análise internacional.
O motivo é o baixo preço dos ativos, hoje em € 4,73 (cerca de R$ 16,60), afirma Renata Amaral, sócia do Trench, Rossi e Watanabe. Em 2013, o valor chegava ao triplo disso.
"Com o Acordo de Paris, a regulação passará a ser feita pelos próprios países. O mercado deverá se aquecer, mas é um momento de incerteza."
Quem investe hoje, diz, quer garantir seu espaço no futuro –uma vez regulado o setor, haverá pouca oferta para uma crescente demanda.
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com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
Livraria da Folha
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