Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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exceto aos sábados.
Curitiba terá PPP de R$ 2,8 bi para limpeza, coleta e transporte de lixo
O município de Curitiba vai fazer uma PPP (parceria público-privada) para a prestação de serviços de limpeza urbana, coleta e transporte de lixo para toda a cidade.
O valor da concessão é de R$ 2,76 bilhões, e o prazo, de 15 anos. O edital está previsto para ser publicado até o fim de outubro.
Hoje, recolhimento e transporte dos resíduos sólidos são feitos por uma terceirizada, com contrato de cinco anos, a ser encerrado em abril de 2017, e os dejetos vão para um aterro na região metropolitana da capital paranaense.
"Além do contrato de coleta, vai ser lançado um outro, para o tratamento de detritos, no ano que vem", segundo Fábio Scatolin, secretário de Planejamento.
Para ajudar a patrocinar o serviço, a cidade cobra uma taxa de recolhimento, que é embutida no IPTU.
Parte dos custos hoje é subsidiada pelo município. "A prefeitura tem estudado, com muito cuidado, rever os imóveis que têm imunidade de imposto, e estimular a reciclagem, para diminuir os gastos com coleta de resíduos."
Com o novo modelo de contrato, o serviço deverá ficar até 18% mais barato que o atual, estima o secretário.
Em contrapartida, o município poderá ceder terrenos para a instalação de estações de transbordo -locais onde será armazenado o que for coletado nos bairros, antes de seguir para o aterro. Serão, pelo menos, duas unidades.
LIXO BILIONÁRIO
Curitiba terá PPP para detritos sólidos
Como é hoje?
Uma empresa tem contrato, com prazo de cinco anos, para coleta e transporte de resíduos sólidos. O município paga R$ 242,50 por tonelada de lixo
Como será a PPP?
Terá vigência de 15 anos e valor estimado em R$ 2,8 bilhões. A vencedorá criará estações de transbordo, para reduzir custos de transporte até o aterro
Fonte: Prefeitura de Curitiba
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Injeção na veia
A União Química, proprietária da empresa farmacêutica Anovis, vai investir R$ 40 milhões em equipamentos e infraestrutura para produzir uma nova linha de medicamentos para serem injetados com seringa.
O capital é do próprio grupo, e a previsão é que as instalações estejam prontas no primeiro semestre de 2017.
Na fabricação desses produtos tira-se a água, que é adicionada no momento de dar a injeção, afirma Fernando Marques, presidente da União Química.
"Essa é uma tendência tecnológica entre os remédios, que ganham estabilidade e validade maiores."
A empresa almeja aumentar as vendas para o exterior. A Anovis pretende produzir remédios para companhias dos Estados Unidos e da Europa que não têm suas fábricas, diz Marques.
"Nosso alvo é atender produções de terceiros externos. Poucas empresas no Brasil fazem esses remédios, e geralmente, os negócios sem muitos concorrentes são os melhores."
R$ 120 milhões
foi pago pela Anovis
R$ 47 milhões
foi o lucro líquido em 2015
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Só uma saladinha
Os restaurantes do país devem encerrar este ano com queda de 1% no faturamento em relação a 2015, quando a retração foi de 6%, segundo a ANR (do setor).
"Ficamos em situação difícil depois da segunda metade de 2015. Não deverá cair muito mais agora, e empatar com o ano passado será uma vitória", segundo Cristiano Melles, presidente da entidade e sócio do Pobre Juan.
No primeiro semestre, esse segmento arrecadou 4,5% a menos que em igual período do ano passado -um total de cerca de R$ 70 bilhões.
Só demorará para voltarmos ao nível de 2011, de crescimento de dois dígitos, diz.
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A classe C sai do paraíso
O varejo digital ficou mais elitizado no primeiro semestre de 2016, aponta uma pesquisa da consultoria Ebit.
O número de pedidos diminuiu 2%, em comparação com o mesmo período do ano passado. A classe C foi a que mais reduziu participação: de 40,9% das compras no comércio eletrônico em 2015, passou para 37,5%.
"Aumentou a presença relativa das classes A e B, que têm mais dinheiro", diz o presidente da empresa, Pedro Guasti. A renda média dos consumidores subiu 11%.
As plataformas de comércio não adaptam sua estratégia para atingir diferentes classes, segundo ele. "Varejistas que já têm como alvo a classe C falam com esse público, mas as outras não conseguem atingi-los."
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Guarda-costas de negócios
A demanda por profissionais que cuidam da segurança patrimonial de empresas mais do que dobrou no primeiro semestre deste ano, em relação a igual período de 2015, aponta a Michael Page. companhia de recrutamento.
Por ser um cargo de confiança -o salário vai de R$ 18 mil a R$ 30 mil-, as vagas normalmente são reduzidas, de três a cinco por ano, diz Lucas Rizzardo, da empresa.
Na primeira metade de 2016, porém, já foram 15 postos abertos.
"Os cortes mais básicos já foram feitos. Agora, passou-se a investir na otimização de custos com segurança e redução de perdas por roubo." A maior demanda veio de farmacêuticas e transportadoras.
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Hora do café
com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
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