Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.
Brasil e China vão ter acordo para prestação de serviços
Um acordo para facilitar o intercâmbio da prestação de serviços entre Brasil e China deve ser assinado pelo Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e seu homólogo chinês no mês que vem.
A previsão é que o entendimento seja firmado no encontro dos Brics programado para acontecer em Goa, na Índia, no dia 18 de outubro.
A expectativa anterior era que isso ocorresse no início deste mês, durante a viagem do presidente Michel Temer à reunião do G20, na China, mas a assinatura foi postergada.
Há cinco anos que o setor pede para que o governo brasileiro busque um entendimento, afirma Luigi Nese, presidente da CNS (Confederação Nacional de Serviços).
"É difícil estabelecer uma relação com empresas chinesas se não tiver um aval do governo deles", diz.
Logística, transporte, serviços financeiros, automação bancária e tecnologia da informação são algumas das áreas nas quais a presença de chineses deve crescer com o acordo, afirma Nese.
A China é o segundo maior importador de serviços do mundo -em 2015, gastaram mais de R$ 1,5 trilhão. O Brasil, R$ 227 bilhões.
Acordos para intercâmbio de serviços implicam reduções de taxas e facilitação da concessão de vistos temporários, diz Izis Ferreira, economista da Confederação Nacional do Comércio, que também representa o setor.
"Esses entendimentos para serviços são uma novidade no mundo e para o Brasil."
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A Mutant, de soluções para contact center, deverá investir R$ 100 milhões em aquisições até o fim de 2016.
A companhia –criada no início deste ano a partir de um reposicionamento da Genesys Prime– acaba de firmar sua primeira compra, da Unear, empresa de tecnologia e inteligência de dados. O valor não foi revelado.
"Nosso interesse é agregar os sistemas de análise de comportamento do consumidor e a experiência da Unear em marketing digital", afirma o diretor-executivo, Alexandre Bichir.
Em um prazo de três anos, a companhia planeja investir um total de R$ 300 milhões em aquisições, segundo ele. Os recursos vêm de um aporte feito pela Permira, gestora europeia de fundos de private equity.
Atualmente, outras três compras estão em fase final de negociação pela Mutant.
"Nosso foco são companhias de médio porte, com faturamento entre R$ 20 milhões e R$ 100 milhões, com perfil empreendedor."
160
são os atuais clientes da Mutant
R$ 500 milhões
é o valor calculado da empresa após o aporte da Permira
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Vendas de motos ao exterior têm alta de 19% no mês passado
As vendas de motos para o exterior subiram 19,1% em agosto, na comparação com o mês anterior, segundo a Abraciclo (entidade do setor). O total comercializado foi de 4.522 unidades.
No acumulado deste ano até agosto, as exportações aumentaram 9% -passaram de 36,2 mil para 39,5 mil.
O mercado externo concentra, hoje, os resultados positivos do setor. Nos oito primeiros meses deste ano, as vendas internas recuaram 29% em relação a 2015.
"Houve melhora das compras por parte da Argentina, responsável por 70% do que o Brasil comercializa no exterior", afirma José Eduardo Ramos Gonçalves, da associação.
A expectativa é que o país exporte 1,3% mais até o fim deste ano que em 2015, diz.
O setor pede ao governo que os outros países da América do Sul adotem o padrão do Brasil para emissão de poluentes de motos, mais rigoroso. "Como o sistema é mais caro, as brasileiras ficam menos competitivas."
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Melhor, mas nem tanto
O grau de satisfação das micro e pequenas indústrias paulistas em relação a seu faturamento voltou a piorar em agosto, após dois meses em alta, segundo o Simpi, que representa o setor.
"Houve uma expectativa de melhora nos últimos meses, que não foi sustentada pela situação econômica", avalia o presidente do sindicato, Joseph Couri.
A avaliação das empresas está em sua pior média desde 2013. As contratações tampouco foram retomadas: 9% dizem ter admitido funcionários em julho, e 23% afirmaram ter feito demissões.
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Não se mexa
O faturamento das redes de restaurante foi de R$ 44 bilhões. Ele não variou em termos nominais no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, aponta o IFB, rede que reúne as principais cadeias no Brasil.
"É preciso considerar o contexto de queda de emprego. É um bom resultado", diz Bob O'Brien, vice-presidente do NPD, consultoria que efetuou a pesquisa.
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Sem... A linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo passará a ter monitores que vão avisar aos passageiros o grau de lotação de cada vagão do trem.
...aperto O sistema, desenvolvido ao longo de três anos pela ViaQuatro, será instalado nesta segunda-feira (19). A medição será feita segundo o peso de cada carro do trem.
Queda... Caiu pela 19ª vez a receita das pequenas empresas de São Paulo, segundo o Sebrae-SP. Em julho deste ano, ela foi 12,7% menor que no
mesmo mês do ano passado. Serviços tiveram o pior desempenho: 15,9% abaixo de 2015.
...incessante A região do Grande ABC sofreu mais: 14,1% de perdas. O único índice que melhorou em julho foi a expectativa, 33% dos empresários afirmaram que os próximos seis meses devem ser melhores do que os anteriores.
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Hora do café
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com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
Livraria da Folha
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