Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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Preço de medicamento deverá ter reajuste médio de 3,4%, projeta setor
A indústria farmacêutica projeta que o governo autorizará um reajuste médio de cerca de 3,4% no preço dos medicamentos neste ano, segundo companhias do setor ouvidas pela coluna.
O aumento permitido varia de acordo com o produto.
Para aqueles com mais concorrentes no mercado, a taxa deverá ser menor, de cerca de 1,6%, e, para os mais inovadores, deverá chegar a 5%, apontam as previsões, que podem mudar a depender da inflação de fevereiro.
O reajuste, que deverá ocorrer em março, é feito anualmente pelo governo. O cálculo leva em consideração fatores como inflação, alta de custo dos insumos e ganhos de produtividade, que são parcialmente descontados.
Em 2016, a taxa máxima foi de 12,5%, variação acima da média dos anos anteriores, devido à inflação elevada e à queda de produtividade.
Com a valorização do real, houve uma desaceleração no aumento de custo de matérias-primas da indústria, o que pode contribuir para uma taxa menos elevada, afirma a sócia da PwC Eliane Kihara.
O impacto do reajuste é maior para remédios inovadores, já que, no caso de medicamentos com mais substitutos, a alta nem sempre é totalmente aplicada, diz ela.
"Há uma prática de descontos, que podem chegar a 90% no caso de genéricos. Depende da concorrência e da estratégia comercial."
O percentual mais baixo, porém, dá menos poder de barganha para a indústria negociar os valores, avalia.
A CONTA DA FARMÁCIA - Evolução dos reajustes máximos autorizados pelo governo, em %
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Pesado e devagar
Após ter queda de 20% na receita no ano passado, a Locar, que disponibiliza máquinas para construção, voltará a investir em veículos pesados em 2017.
A leve recuperação da economia já impacta os negócios da locadora, mas investimentos grandes só serão possíveis a partir de 2018, diz o presidente Júlio Simões.
"Conseguimos contratos novos que exigirão aportes e vamos renovar parte da frota, mas não será nada faraônico neste ano."
O valor previsto para 2017 é de R$ 45 milhões. Cerca de metade dos recursos são próprios e o restante será obtido com parceiros, afirma.
"Temos mais da metade da frota parada, mas precisaremos comprar alguns equipamentos específicos."
Após dois anos de prejuízos, a empresa reduziu pela metade o quadro de funcionários: hoje são 1.300. A previsão, no entanto, é chegar a 1.500 até abril.
R$ 340 MILHÕES
foi a receita da Locar no ano passado
R$ 400 MILHÕES
é o faturamento estimado para 2017
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Corte de gastos com logística pode levar a quebra de contratos em 2017
A necessidade de empresas cortarem despesas devido à crise econômica poderá levar a rupturas nos contratos com transportadoras, segundo a Abralog (do setor).
Quase todos (94%) os embarcadores reduziram de alguma maneira os gastos com frete, aponta uma pesquisa que será divulgada nesta terça (21) pela entidade com o Setcesp (sindicato paulista das empresas de transporte).
Na outra ponta, só 33% dos 400 operadores logísticos consultados conseguiram um reajuste dos preços.
Esse desnível obriga transportadoras a revisar seu planejamento estratégico, afirma Pedro Moreira, presidente da Abralog.
"É natural que as companhias sejam pressionadas pelos clientes que buscam economizar, mas, em momentos de crise, há mais rupturas."
O cenário adverso poderá levar a uma consolidação do setor, diz Ricardo Araújo, sócio da RC Sollis, responsável pela pesquisa junto com a GKO, de soluções logísticas.
"Parte das transportadoras não vai sobreviver, mas o ambiente pode ser propício para processos de fusões e aquisições entre empresas que precisam enxugar custos."
Nos últimos 12 meses - Transportadores que conseguiram reajustar seus preços, em %
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Menos clientes... O tíquete médio dos brasileiros que comem fora de casa foi de R$ 13, por pessoa, em 2016 -R$ 1 a mais que em 2015.
...e conta maior Foram 14 bilhões de visitas no ano (queda de 4%), e R$ 184 bilhões gastos (alta de 3%), aponta o Instituto Foodservice Brasil.
Saúde... A carga tributária sobre os planos de saúde foi de 26,1% no ano passado, um total de R$ 41,6 bilhões, segundo a Abramge, entidade do setor.
...tributada A porcentagem cresceu em relação a 2015, quando os impostos diretos e indiretos representaram 25,4% (R$ 36,4 bilhões).
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Hora do Café
com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI
Livraria da Folha
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