Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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exceto aos sábados.
Setor de bebidas alcoólicas melhora, mas vendas seguem em queda
Rogerio Canella/Folhapress | ||
Mojito, drinque feito com rum; venda da bebida foi a que teve maior retração no primeiro trimestre |
A venda de bebidas alcoólicas caiu 3,4% em volume no primeiro trimestre de 2017, em relação ao mesmo período de 2016, segundo a Nielsen.
A queda é menor do que a de meses anteriores —no fim do ano passado, a retração era de 4,4%. Ainda não há, porém, uma perspectiva clara de crescimento, afirma Daniel Souza, da consultoria.
"O consumidor não deixou de beber, mas, além de consumir menos, mudou para outras marcas."
O segmento mais afetado foi o de destilados. A comercialização de uísque, por exemplo, diminuiu 11,3%.
"Isso beneficiou as opções mais baratas, inclusive o uísque da nossa marca, cujas vendas tiveram alta de dois dígitos no primeiro semestre", afirma Walter Celli, diretor-executivo da Beam Suntory no Brasil.
Uma das maneiras que as fabricantes encontraram para manter clientes fiéis durante a recessão foi a adoção de embalagens menores, diz Flávia Molina, diretora da Pernod Ricard no país.
Entre as bebidas alcoólicas, a cachaça foi o único segmento auditado pela Nielsen que registrou variação positiva. A categoria também se beneficiou da retração de itens mais caros, como a vodca.
"Tivemos um crescimento de 5% nas vendas líquidas da cachaça Ypióca no nosso ano fiscal [terminado em junho]. É um produto que ganhou força com a crise por ter opções que cabem em todos os bolsos", afirma Álvaro Garcia, diretor da Diageo.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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Brilho pequenino
A rede de joalherias Pandora começará a abrir unidades menores no Brasil, no formato de quiosques.
"Por exigir um aporte inferior, a 'pop-up' permite fazer um teste para ver se uma loja conceito cabe em determinada praça", diz Rachel Maia, diretora-executiva da marca no país.
As primeiras inaugurações vão ocorrer em um shopping de Guarulhos e em um na zona leste de São Paulo, mas o formato também será levado para aeroportos e outlets, afirma a empresária.
A Pandora planeja abrir sete lojas e cinco quiosques até o fim do ano.
O investimento no formato menor gira em torno de R$ 450 mil, enquanto cada unidade no tamanho convencional custa perto de R$ 1,5 milhão.
"Nosso planejamento de 2018 ainda depende de algumas aprovações, mas a estimativa é ter mais cinco lojas conceito e três 'pop-up stores'."
93
são as unidades da Pandora no Brasil
100
são os países em que atua
9.300
são os pontos de venda ao redor do mundo
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Leilão da casa do Banco Santos não deve atrair compradores
A casa vazia do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, do Banco Santos, vai a leilão na sexta (11), mas nenhum interessado se manifestou até agora, diz Vlânio Aguiar, administrador judicial da massa falida da empresa.
"Há seis anos, uma pessoa apresentou-se e visitou a casa três vezes, mas ela se mudou para Nova York."
A uma semana do pregão, já teria aparecido um interessado, segundo ele.
O preço começa em R$ 76,8 milhões. Caso ninguém faça propostas, será agendada uma segunda rodada, e o valor inicial cai para R$ 46 milhões, afirma Aguiar.
"Um só quadro de Jean-Michel Basquiat da coleção foi vendido por R$ 40 milhões."
A dificuldade de encontrar comprador para imóvel de valor alto é exceção para os leilões em geral, que cresceram em número e em interessados.
Foram mais de 4.000 em São Paulo neste ano. Isso representa 60% do total de 2016, e o segundo semestre costuma ser mais movimentado, diz Eduardo Boyadjian, presidente do sindicato das empresas leiloeiras do Estado.
"Alienações fiduciárias, como a de casas cujo dono não paga o financiamento, e processos de busca e apreensão causaram essa alta."
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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À espera... O setor privado não espera que uma reforma tributária efetiva saia até o fim de 2018, mas ainda acredita em "minireformas", como a do PIS/Confins. As possíveis mudanças, porém, têm gerado mais temor que euforia.
...do pior O maior receio é que as alterações não parem na simplificação e resultem em um aumento dos impostos, avaliam tributaristas que têm sido consultados por empresas sobre eventuais implicações.
Já se viu Uma preocupação é a migração de setores que ainda recolhem pelo sistema cumulativo para o não cumulativo. No passado, a transição resultou em uma carga maior, afirma Carlos Orsolon, do Demarest.
Setores... O eventual fim do regime diferenciado, criado no passado para facilitar a fiscalização da Receita, também pode gerar uma alta, avalia Giancarlo Matarazzo, do Pinheiro Neto.
...no regime Hoje, setores como o farmacêutico, de autopeças e combustíveis seguem o regime, que impõe uma taxa maior às indústrias mais concentradas, para que estas repassem o valor à cadeia, pulverizada.
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Hora do Café
Lederly/Folhapress | ||
com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI
Livraria da Folha
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