Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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Contax se une a empresa de marketing e muda de nome
Eduardo Knapp/Folhapress | ||
A Contax, de atendimento e contact centers, mudará de nome. Passará a se chamar Liq a partir desta segunda (11).
A alteração ocorre após a união com a Ability, de marketing promocional, que já pertencia à companhia desde 2010, quando foi adquirida.
"O nome vem de 'líquido', que caracteriza o que queremos da empresa: uma companhia que se adapta às necessidades do consumidor, dinâmica, fluida", diz o diretor-presidente, Nelson Armbrust.
"Começamos a planejar no ano passado uma forma de unir as empresas. Integramos as áreas, movemos os funcionários, e esse processo culminou em uma nova marca."
Além de unificar o portfólio, a mudança permite aproveitar a representatividade de mercado da Contax para oferecer os produtos que eram da Ability, diz o executivo.
"No setor de centro de atendimento, que é bastante concentrado, ela é uma das maiores empresas, com 18% de 'market share'. E, embora seja uma das maiores no de marketing promocional, a Ability tem uma fatia de 1%."
Apesar de ser um nome consolidado, o novo posicionamento não terá um custo elevado, nem impacto no endividamento da operação, diz ele.
"Como a nossa quantidade de clientes é pequena -são cerca de 50- e estamos voltados ao B2B [atendimento a empresas], a mudança da marca balança o mercado da maneira que precisamos."
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Mobilidade
A Nuvem Shop, uma empresa que permite que lojas on-line possam criar e gerenciar seu ambiente na internet, recebeu aporte de R$ 24 milhões de seis fundos para investir nos próximos meses.
O dinheiro será usado para aumentar a equipe e a capacidade de atendimento -a empresa deve consumir mais espaço de servidores na nuvem, afirma o diretor-executivo Santiago Sosa.
O central, afirma, será desenvolver mais as possibilidades de gerenciamento por meio de smartphones.
"As lojas precisam carregar mais rápido, e o varejista on-line precisa administrar diretamente em dispositivos móveis -ordenar itens, mudar os catálogos etc."
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Descobridor de mares
Karime Xavier/Folhapress | ||
Pierre Schurmman, sócio da aceleradora de startups Bossa Nova Investimentos |
A Bossa Nova, que investe em empresas de tecnologia, vai alocar R$ 20 milhões ainda neste ano em novas startups. De julho de 2016 a julho deste ano já aplicara R$ 19 milhões.
Capitalizada, a Bossa tem um saldo de R$ 100 milhões recebidos do BMG e o aporte de uma empresa para aplicar em ferramentas para varejo, diz o fundador Pierre Schurmann.
Além disso, há investimentos de pessoas físicas, por meio de um FIP de R$ 100 milhões, que captou R$ 40 milhões. Para 2018, a expectativa é investir entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões. Além da injeção de recursos, uma mudança de modelo permitiu ganhar escala e saltar para 178 startups, diz Schurmann.
"Tinha de crescer rápido, e sendo dois sócios, quando chegássemos em 60, estaria fazendo água no processo." E disso ele entende: Schurmann é o filho mais velho da primeira família brasileira a dar a volta ao mundo de veleiro.
"Muitos desafios de startups são comuns. Criamos a Rede Bossa. Os próprios fundadores respondem a perguntas básicas: que plataforma uso, como faço marketing e contrato pessoas?"
Além da troca de conhecimento, uns abrem portas de seus contatos de empresas para os outros. Cerca de 92% dos problemas são resolvidos, diz. Para 2018, o rumo é mais ambicioso.
"Vamos fazer tickets mais generosos -hoje vão de R$ 100 mil a R$ 300 mil, máximo de R$ 800 mil -e ajudaremos empreendedores nas próximas rodadas. É difícil conseguirem aporte na faixa de R$ 2 milhões."
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Portas giratórias
Editoria de Arte/Folhapress |
CONCENTRAÇÃO BANCÁRIADistribuição de agências no país |
Os bancos abriram 218 novas agências no ano passado, contra 1.031 em 2016. Os dados são das juntas comerciais, compilados pela Neoway.
Cada unidade precisa de um CNPJ para operar, e assim as aberturas aparecem no levantamento, diz Cristina Della Penna, diretora da empresa que apurou os números.
"A crise econômica desses dois anos explica a diminuição do número de agências, que deve continuar", afirma.
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Doações O Senado aprovou lei para a criação de fundos de doações a entidades sem fins lucrativos que promovem ciência, cultura e ensino.
Pés O faturamento com as exportações de calçados subiu 13,3% neste ano, mas a venda de pares teve alta menor: 0,5% entre janeiro e agosto.
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Hora do café
com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI
Livraria da Folha
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