Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.
Família Araya fez poupança vendendo cigarro e pedindo dinheiro ao banco
Antes mesmo de a seleção do Chile se classificar para a Copa de 2014, a família Araya começou a se preparar para a viagem ao Brasil.
"Nós iríamos de qualquer jeito", diz Soledad Carrera, 33.
O salário do marido, Edgardo Araya, 35, que é técnico de eletricidade, não era suficiente para que fizessem uma poupança que cobrisse os gastos do passeio.
Começaram então a viajar à Argentina para comprar cigarros e vender no Chile.
Pagavam 1.500 pesos por carteira e revendiam a 3.000 pesos.
Juntaram 2 milhões de pesos, ou US$ 4.000.
Ainda não dava.
Fizeram empréstimo de mais 4 milhões, ou US$ 8.000, no banco. Vão pagar em três anos.
E estão prontos para cair na estrada.
Karime Xavier/Folhapress | ||
A família Araya, que poupou dinheiro e tomou empréstimo para vir à Copa |
Os filhos, Isidora, 5, e Tomás, 11, vão faltar às aulas. Ele vai perder provas. "Falamos na escola e ele fará na volta."
Como a maioria dos participantes da Caravana Santiago-Brasil 2014, só têm entradas para o jogo do Chile contra a Austrália, em Cuiabá.
"Vamos tentar comprar na porta do estádio. Se não der, sem problemas. Vamos passar bem igual."
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