Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.
Dupla de amigos planejava dormir até no carro quando chegasse ao Brasil
Ricardo Jara, 33, é chefe de manutenção de uma exportadora de frutas. Ele chegou ao encontro da Caravana Santiago-Brasil 2014 com o amigo Antonio Fuenzal, 40, supervisor de recepção de outra empresa do mesmo ramo. Os dois vieram de Curicó, que fica a 200 km de Santiago, no sul do Chile.
Pretendem viajar numa van e estavam buscando outras duas pessoas que quisessem dividir as despesas da viagem.
No total, calculam, cada um dos quatro viajantes gastaria 300 mil pesos, ou US$ 600 dólares, para rachar a gasolina.
Karime Xavier/Folhapress | ||
Antonio Fuezal e Ricardo Jara, amigos que farão a viagem do Chile ao Brasil |
Antes de tomar conhecimento de que um grupo grande faria a viagem, eles já tinham decidido viajar ao Mundial sem ter nem mesmo um lugar para se hospedar.
"Íamos com a nossa mochila, ver onde acampar quando chegassemos no Brasil", diz Antonio. "Se não encontrássemos, dormiríamos no carro mesmo."
O problema foi convencer a mulher, Patrícia, com quem tem 3 filhas. "Ela disse que a viagem era perigosa e que eu ficaria muito tempo longe dela", diz o supervisor. "Mas era agora ou nunca. Eu li em uma reportagem que dizia que vai demorar 30 anos para termos outro Mundial na América do Sul." Patrícia cedeu.
"O futebol é uma paixão maior do que as mulheres", completa Ricardo, casado com Karen, com quem tem um filho de um ano.
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