Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.
Levy se queixa de isolamento com Dilma, mas permanece no cargo
Num dia de intensos rumores de que poderia deixar o Ministério da Fazenda, o ministro Joaquim Levy fez queixas a Dilma Rousseff sobre as críticas que vem sofrendo por causa do ajuste fiscal que tenta implantar no país.
Ele tem reclamado com interlocutores de que se sente a cada dia mais isolado dentro do governo, e que as pressões contra várias das medidas aumentaram "muito".
O ministro vem sofrendo bombardeio também do PT e do presidente Lula nos bastidores.
Em reunião com a bancada do partido nesta semana, o ex-presidente ouviu queixas dos parlamentares e afirmou que insistiria com Dilma para que ela mudasse a orientação da política econômica.
A conversa de Levy e Dilma foi rápida, segundo testemunhas. O ministro, apesar de chateado, fica no cargo e não teria sequer ameaçado pedir demissão.
Interlocutores de Levy e da presidente entendem que Lula está, em parte, falando para a plateia já precisa tentar manter o apoio da base social que sempre esteve próxima dos governos do PT e que hoje está insatisfeita.
Dilma teria demonstrado que, apesar de também precisar sinalizar setores sociais insatisfeitos, está disposta a "administrar as pressões" e a seguir apoiando a política econômica de Levy.
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