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O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.
Putin se torna 'Santo Graal' para entrevistas na TV dos EUA
No "Drudge Report", "Trump e Vlad conversam". No canal russo RT, "eles acertaram cooperar na Coreia e Síria.
Na alemã "Der Spiegel", pouco antes, "Merkel vai a Putin. Mas eles "mal se aproximaram" e o problema "continua: sem Rússia não há solução para Síria e Ucrânia".
Ao fundo, o Showtime, que é da CBS, confirmou para junho uma série de entrevistas (trailer abaixo) que o cineasta Oliver Stone fez com Putin, que virou "o Santo Graal" para os canais americanos, como a ABC, segundo a "Variety". Diz o diretor:
— Se ele é mesmo o grande inimigo dos EUA, então nós temos que tentar entendê-lo.
Mas talvez a NBC saia na frente. Segundo a coluna "Page Six" do "NY Post", a apresentadora Megyn Kelly, que até o final do ano era estrela da Fox News, vai até São Petersburgo em junho para entrevistar o presidente russo.
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'SAY SOMETHING NICE'
Michael Kinsley, referência de jornalista liberal nos EUA, publicou domingo no "New York Times" um texto elogioso sobre os tuítes do presidente americano, sob o enunciado "Diga algo bom sobre Trump", e avisou que passará a fazê-lo "regularmente".
Na mesma direção, o jornal já havia iniciado uma coluna linkando "Escritos partidarizados que você não deve perder".
DIFERENTES
O esforço do "NYT" para se abrir à direita levou à contratação de Bret Stephens como colunista. Ele estreou questionando a mudança climática e causou revolta: 6% dos leitores que cancelaram assinaturas nas últimas três semanas, desde que seu nome foi anunciado, o fizeram por causa dele. O editor-executivo Dean Baquet se defendeu na CNN:
— Nós não tínhamos aprendido nesta última eleição que devíamos compreender visões diferentes?
INDEPENDENTE
Até os jornais comunistas chineses estão sendo revisitados. A "Foreign Policy" publicou longa defesa do tabloide "Global Times", o mais "raivoso" do país, dizendo que a China tem tradição de abrigar títulos assim, "mais independente do que se pensa".
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Reprodução | ||
POR OUTRO LADO
Comercial novo de Trump, sobre os cem dias de governo, usou imagens de âncoras de CNN, MSNBC, ABC e CBS com a tarja "notícia falsa", acima. A CNN se negou a veicular, dizendo que o anúncio era, ele sim, falso.
'CORBYN MORRE'
E o "NYT" visitou tabloides londrinos de direita como o "Sun" para mostrar que, mesmo com circulação em queda, "políticos os cortejam e temem sua cólera". Várias das "notícias falsas" que ajudaram a aprovar o "brexit" teriam saído deles.
Um dos jornalistas entrevistados brincou que "a manchete 'fake news' que daria mais alegria ao país seria: Jeremy Corbyn morre esfaqueado por imigrante". É o líder do Partido Trabalhista.
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