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O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.
Cobertura econômica especula, cansada, se Temer vai se afastar
Ao registrar a denúncia do Ministério Público contra Michel Temer, em sua edição de terça, o "New York Times" optou por dar mais destaque a um esforço "para salvar bebês cangurus numa estrada afastada da Austrália".
A novela ficou confusa demais, a ponto de obrigar a agência France Presse a despachar um "quem é quem" para o mundo, explicando os papéis de Temer, Janot, Joesley, Rocha Loures e Rodrigo Maia, o eventual sucessor, se um dia a trama se desenrolar.
O interesse por Temer se restringe mais e mais à economia, com "Wall Street Journal" e "Financial Times" publicando seguidas previsões de analistas como Callaway Capital, FTI Consulting ou Eurasia Group.
"Temer vai se afastar?", pergunta um título do "Barron's", veículo para investidores, ligado ao "WSJ".
PÉS DE BARRO
O jornal econômico italiano "Il Sole 24 Ore" destaca que o Brasil enfrenta "um terremoto político depois do outro", o que vem gerando "perigosa instabilidade financeira". Frase que fecha a análise:
— Em resumo, o Brasil continua um gigante, um país de oportunidades, mas com pés de barro.
MEIRELLES
O "NYT" postou despacho da agência Reuters noticiando que, "em gravação antes indisponível", Temer afirmou que Joesley foi uma "grande influência" em sua escolha de Henrique Meirelles para o Ministério da Fazenda.
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