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O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.
'FT' noticia 'declínios surpreendentes' no Brasil; 'Economist' festeja reforma
No alto da home page do "Financial Times" de quinta (20), "Unidade brasileira do Carrefour fracassa em estreia no mercado", com seu lançamento de ações. A empresa buscava um valor entre R$ 15 e R$ 19 e "caiu 2,5%, para R$ 14,62, na abertura dos negócios".
A queda "reflete a precaução dos investidores diante do Brasil". O jornal justifica com "dados recentes, em que tanto as vendas no varejo quanto um indicador de atividade econômica registraram declínios surpreendentes em maio, enquanto a taxa de desemprego continuou a crescer".
Na mesma direção, também no "FT", "a Vale revisou para baixo a orientação de produção para o seu principal negócio, minério de ferro".
Por outro lado, a reforma trabalhista foi festejada com uma semana de atraso pela nova edição da "Economist". A revista destacou que "a reforma de Michel Temer tem dentes", que "empregadores deram vivas quando Temer assinou", que "os patrões estão em êxtase".
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SUTIL
Em contraste com os anglo-americanos, sobretudo os financeiros, os jornais alemães reagiram à condenação de Lula "levantando questionamentos quanto às intenções", diz a Deutsche Welle.
Para o "Die Zeit", "há declarações incriminatórias, mas também muita coisa que o inocenta, e sequer um único documento que mostre Lula como proprietário do apartamento".
No "Süddeutsche Zeitung", "a controvérsia não envolve só a validade das provas, mas o modo de trabalho" do juiz, que "uma vez determinou, televisão informada, que Lula fosse levado de casa por 200 policiais".
O Der Tagesspiegel diz que, com "provas ralas, o juiz confirmou aquilo de que muitos o acusam: que decide menos por critérios jurídicos que políticos". Se confirmada a decisão, "Lula não poderá concorrer. Dessa forma, o sutil golpe de estado da direita no Brasil estaria completo".
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PARA SUPLICY
A "Economist", em suplemento que especula futuros alternativos para o mundo, "The World If", se perguntou desta vez o que aconteceria "Se uma renda básica universal decolasse", começando pela Finlândia em 2017.
A reportagem ficcional conclui, anos depois, que "é cedo para declarar o fim da pobreza global, mas o mundo deu passos críticos".
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