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O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.
De Barcelona a Milão e Veneza, cresce temor de fragmentação europeia
O jornal milanês "Corriere della Sera" deu manchete ao longo do domingo para a votação do referendo por "autonomia fiscal" na Lombardia, onde fica Milão, e também no Vêneto, sublinhando os percentuais elevados de comparecimento.
Junto com o anúncio no sábado da destituição do governo autônomo da Catalunha, onde fica Barcelona, medida que o madrilenho "El País" descreveu como "sem precedentes na democracia espanhola", o novo referendo acordou a cobertura europeia para o risco generalizado de fragmentação.
O dominical londrino "Observer" publicou editorial citando os dois casos e perguntando: "E se as minorias no País Basco, Flandres, Transilvânia, Bavária ou Córsega estiverem insatisfeitas?". São regiões, respectivamente, de Espanha, Bélgica, Romênia, Alemanha e França.
Poderia mencionar vários outros, como outros fizeram, das regiões francesas da Bretanha e dos Pireneus Orientais, esta também chamada Catalunha do Norte, às britânicas Escócia e Irlanda do Norte.
Segundo a agência Associated Press, até regiões da distante Indonésia poderiam ser afetadas.
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CAMBIEMOS SE IMPÕE
Nas eleições argentinas, o "La Nación" entrou pela noite com a manchete de que o governista "Cambiemos se impõe em Buenos Aires e amplia seu domínio em nível nacional". Pouco mudou com a descoberta do corpo do manifestante desaparecido em agosto após repressão do governo.
Horas antes da votação, surgiu a autópsia, para enunciados de "La Nación" e "Clarín" apontando "afogamento" como causa, não a repressão.
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Reprodução/'New York Times' | ||
POR QUE NÃO TRUMP?
No rastro do caso Harvey Weinstein, o "New York Times" voltou ao caso Bill O'Reilly, revelando como a Fox News renovou o contrato de seu ex-âncora, mesmo sabendo que ele havia acabado de pagar uma indenização de US$ 32 milhões.
Já o "Wall Street Journal" abriu uma nova frente de cobertura de assédio sexual, agora tendo Wall Street por alvo.
E o "Washington Post" voltou a um caso anterior, pouco lembrado agora, sob o título "Depois da queda de Weinstein, acusadoras de Trump se perguntam: Por que não ele?".
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