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O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.
No Facebook, 'fake news' volta a crescer em 2017, com sexo e menos política
Reprodução/'BuzzFeed' | ||
O "BuzzFeed" levantou as 50 maiores notícias falsas do Facebook em 2017 e descobriu que cresceram em relação ao ano eleitoral de 2016.
Foram 23,5 milhões de engajamentos (compartilhamentos, curtidas e comentários) em 2017, contra os 21,5 milhões de 2016. "O esforço do Facebook para conter a propagação de matérias falsas em sua plataforma não deu resultado", afirma o "BuzzFeed".
Ouvido, o Facebook diz que, "se as proteções que acrescentamos ao longo de 2017 estivessem presentes no início do ano, o engajamento seria substancialmente reduzido".
Caiu a proporção de política entre as 50 maiores notícias falsas: foram 11 em 2017, contra as 23 de 2016, o ano da campanha de Donald Trump.
Desta vez, foram enunciados como "Babysitter é levada para hospital depois de inserir bebê na vagina", a primeira da lista, com 1,2 milhão de engajamentos, e "FBI apreende mais de 3.000 pênis em operação na casa de funcionário de necrotério", a segunda, com 1,1 milhão (acima).
O TRIUNFO DE TRUMP
Na manchete do agregador "Drudge Report" ao longo da quinta-feira, com pesquisa Rasmussen, "Trump empata com final do primeiro ano de Obama: 46% aprovam, 53% desaprovam".
Desde a vitória no corte de impostos, o noticiário americano vem registrando, no enunciado do site "Axios", "O triunfo de Trump". Também do site voltado aos bastidores do poder em Washington:
— Fique esperto: Preste atenção ao que ele faz, não ao que ele diz.
A VISÃO DO MUNDO
O instituto Pew listou as descobertas "mais notáveis" de seus levantamentos em 2017, como o fato de que, no resto do mundo, só 22% confiam que Trump faça a coisa certa em relações internacionais. E só 49% têm visão positiva dos EUA, contra 64% com Obama.
Sem relação direta, a manchete do "New York Times" cravou que ele "transformou a visão do mundo sobre os EUA, de âncora da ordem mundial para algo autocentrado e imprevisível".
'FOREVER WARS'
No rastro da "Foreign Affairs" de fim de ano, sobre "As guerras esquecidas dos EUA", que prosseguem em países como Iraque e Afeganistão, o "NYT" anunciou a volta do blog "At War", em guerra. É uma "comunidade" para aqueles com "experiência de guerra em primeira mão", soldados e outros.
Noutro texto, sobre sua cobertura no Oriente Médio, o jornal destaca que os EUA vivem uma "era de guerras para sempre".
SEM ACORDO
A francesa RFI destaca que "2017 vai terminar sem acordo de livre comércio entre a União Europeia e os países da América Latina". Como alertou antes o "Le Monde", a "janela" para um acerto com o Mercosul se fecha "quando o Brasil entra em campanha eleitoral".
O "Wall Street Journal" ironiza em título que, disposta a se contrapor ao protecionismo de Trump, "UE descobre que liderar a luta por livre comércio é tarefa difícil".
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