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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Prova dos nove

Fred fez o gol da vitória contra a Sérvia sentado. Não marcava pela seleção desde a final da Copa das Confederações, contra a Espanha, quando também finalizou sem os pés no chão, deitado. Gols de centroavante!
A camisa mais discutida do futebol atual é a nove. O sucesso de Messi quando joga no meio do ataque do Barcelona tornou popular a expressão falso nove. Fez parecer a alguns que o centroavante está morto.

Não está!

Morto está o camisa 9 que se entrega à marcação e não se mexe.

Na decisão da Copa das Confederações, há um ano, Fred fez um gol na pequena área, deitado, e outro em que saiu da área, abriu espaços e finalizou como ponta de lança, da meia esquerda.

Nos dois casos, Fred tem o gol no sangue.

Messi disputou 11 partidas de Copa do Mundo e fez só um gol.

Fred jogou uma vez só em Mundiais. Também marcou uma vez.

Centroavante clássico, Fernando Torres disputou as mesmas onze partidas e marcou três vezes. Artilheiro da última Copa, David Villa marcou oito gols com a mesma quantidade de partidas de Messi e Torres.

Não há receita. Há bons e maus jogadores. Os bons rendem mais ainda quando escalados como gostam.
O tal falso nove não mata o centroavante típico e nem é uma novidade absoluta em Copas do Mundo. Hidegkuti jogava assim na Hungria de 1954, Cruyff ocupava a faixa central do ataque da Holanda de 1974. Mexiam-se.

Tostão costuma dizer que era centroavante em 1970, verdadeiro, não falso.

Homem inteligente que é, buscava o jogo e não era refém dos beques.

Fred deve fazer o mesmo.

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