É consultor de comunicação. Foi editor de "Dinheiro" e "Mundo".
O esquerdista é antes de tudo um crente
Ter tratado o povo como burro, mentindo antes, durante e depois da campanha, vencendo assim a eleição.
Ter levado o país a uma dolorosa recessão aplicando as políticas econômicas que a esquerda sempre pregou e nunca teve a coragem e o poder de fazer.
Ter metido o país ainda mais fundo na lama da corrupção, mostrando que, nessa área, no Brasil, não há limites.
Nada abala a fé do autoproclamado progressista. É como se nada disso tudo tivesse acontecido. A esquerda segue o lugar desses reacionários, aconteça o que acontecer, doa a quem doer.
É uma religião. A fé que cega. Transcende a realidade. O socialismo fracassou. Viva o socialismo. O capitalismo é o melhor regime para criar e distribuir riqueza. Abaixo o capitalismo.
Que pensem assim, é uma questão só deles. Precisam disso para viver. O problema começa quando quem está no poder leva isso a sério, como Dilma levou, ou se aproveita disso para outros fins, como o chavismo e outros.
Defender o governo petista ainda não é defender o natimorto "socialismo do século 21". Mas nossos bolivarianos não se cansam de tentar.
O Congresso do PT que começa em Salvador revive teses anacrônicas com ataques diretos ao lucro das empresas e à liberdade de imprensa. E revela como o partido que governa o país há 13 anos perdeu o rumo.
Abatido no ápice do poder pela incompetência brutal de Dilma 1 e pela competência brutal da Lava-Jato, só vê saída pela esquerda. Não deixa de ser um reconhecimento de seu encolhimento. O PT só governou quando foi para o centro. O povo brasileiro, que a esquerda diz defender, não é de esquerda. É mais inteligente que isso, apesar de a esquerda subestimá-lo.
Aliás, quem explora mais o povo? O empresário que enfrenta um dos piores ambientes de negócio do mundo e mesmo assim gera emprego e renda com seus funcionários ou um político corrupto?
Vamos ver que lugar a corrupção terá nas deliberações petistas nesta semana. Não há pauta mais relevante e urgente para o partido hoje. Dilma convocou um economista ortodoxo para salvar seu governo (e o país) na economia. Mas para salvar o partido da corrupção, só o partido mesmo. E a Justiça, claro.
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